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Mata Alântica cresce, mas pastos ainda ocupam maior área no ES

Mata Alântica cresce, mas pastos ainda ocupam maior área no ES

Apesar do avanço da mata nativa, os terrenos de pastagem continuam sendo a principal forma de uso do solo no Espírito Santo, representando 39,2% do território

Publicado em 26 de abril de 2018 às 01:11

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Pastagem as margens do Rio jucu, em Soído de Baixo, Domingos Martins. (ZOOM FILMES/Secundo Rezende)

A cobertura de Mata Atlântica no Espírito Santo cresceu 27.179 hectares entre 2007 e 2015, um aumento de 1,5%. A área recuperada é equivalente a 27 campos de futebol. A conclusão é do estudo Atlas da Mata Atlântica divulgado nesta quarta-feira (25) pela Secretaria de Estado e Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama).

O material foi elaborado com base em centenas de milhares de fotos feitas por aeronaves que sobrevoaram o Estado. Os 25 tipos de uso de solo analisados foram identificados manualmente para que fossem feitos retratos precisos de como cada pequeno pedaço de terra é utilizado no Estado.

Apesar do avanço da mata nativa, os terrenos de pastagem continuam sendo a principal forma de uso do solo no Espírito Santo, representando 39,2% do território. O café, principal cultura agrícola, apresentou expansão em sua área cultivada, passando de 8,6% em 2007/2008 para 9,4% em 2012/2015. Já o cultivo de eucalipto, teve aumento de 45 mil hectares entre os dois períodos analisados.

O atlas não mostra quais foram as áreas de desmatamento no Estado. Segundo o secretário Aladin Cerqueira, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) vai analisar as imagens utilizadas no estudo para avaliar onde houve atividade ilegal para poder atuar no controle do desmatamento.

Ainda segundo o secretário, a principal função do Atlas é como ferramenta de gestão para que os municípios e demais órgãos governamentais planejem ações de preservação do meio ambiente.

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Segundo Ian Thompon, da ONG The Nature Conservancy, a pecuária ainda é praticada de forma ruim do Estado. Ele afirma que é necessário diálogo com os produtores rurais. "É preciso mobilizar o sistema produtivo, principalmente a pecuária. Os donos das terras têm que entender que não estão sozinhos para fazer da terra o que bem entenderem", afirmou.

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