A cobertura de Mata Atlântica no Espírito Santo cresceu 27.179 hectares entre 2007 e 2015, um aumento de 1,5%. A área recuperada é equivalente a 27 campos de futebol. A conclusão é do estudo Atlas da Mata Atlântica divulgado nesta quarta-feira (25) pela Secretaria de Estado e Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama).
O material foi elaborado com base em centenas de milhares de fotos feitas por aeronaves que sobrevoaram o Estado. Os 25 tipos de uso de solo analisados foram identificados manualmente para que fossem feitos retratos precisos de como cada pequeno pedaço de terra é utilizado no Estado.
Apesar do avanço da mata nativa, os terrenos de pastagem continuam sendo a principal forma de uso do solo no Espírito Santo, representando 39,2% do território. O café, principal cultura agrícola, apresentou expansão em sua área cultivada, passando de 8,6% em 2007/2008 para 9,4% em 2012/2015. Já o cultivo de eucalipto, teve aumento de 45 mil hectares entre os dois períodos analisados.
O atlas não mostra quais foram as áreas de desmatamento no Estado. Segundo o secretário Aladin Cerqueira, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) vai analisar as imagens utilizadas no estudo para avaliar onde houve atividade ilegal para poder atuar no controle do desmatamento.
Ainda segundo o secretário, a principal função do Atlas é como ferramenta de gestão para que os municípios e demais órgãos governamentais planejem ações de preservação do meio ambiente.
Segundo Ian Thompon, da ONG The Nature Conservancy, a pecuária ainda é praticada de forma ruim do Estado. Ele afirma que é necessário diálogo com os produtores rurais. "É preciso mobilizar o sistema produtivo, principalmente a pecuária. Os donos das terras têm que entender que não estão sozinhos para fazer da terra o que bem entenderem", afirmou.
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