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Pistas de caminhoneiro dão novo fôlego na procura por médica

Pistas de caminhoneiro dão novo fôlego na procura por médica

Detalhes repassados pelo caminhoneiro fazem família acreditar que informações são verdadeiras, mas, desde então, não tiveram mais pistas do paradeiro da Jaqueline

Publicado em 10 de abril de 2018 às 13:23

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Jaqueline da Penha Colodetti desapareceu no dia 3 de abril, em Viana. (Arquivo Pessoal )

As buscas pela médica desaparecida há uma semana ganharam novo fôlego nesta segunda-feira (09), após um caminhoneiro entrar em contato com a família e contar que deu carona para a cardiologista na Bahia. Alguns motivos levam os familiares de Jaqueline Colodetti, 50 anos, a acreditarem na pista: o fato dele ter visto a foto por meio do WhatsApp e a reconhecido, ela ter dito que era mãe de três filhos e médica, além de outros detalhes sobre a aparência dela.

Com essas informações, as buscas no Espírito Santo foram suspensas, mas família e autoridades continuam a procura pela médica fora do Estado, inclusive com a participação da Polícia Rodoviária Federal da Bahia, parando caminhoneiros e mostrando cartazes com a foto da cardiologista.

Uma das irmãs da médica, Marta Colodetti, conta o que a família sabe até o momento. "Ela não falou o nome para o caminhoneiro, mas o que leva a gente acreditar que é ela é, primeiro, que ele reconheceu pela foto no WhatsApp, o que o levou a comunicar com a gente. Depois, ele falou que ela estava com uma atitude muito assustada e que ela falou que tem três filhos".

Segundo Marta, um sobrinho e amigos estão na Bahia em busca de informações. Um grupo saiu do Espírito Santo de carro e outro seguiu de Salvador para a cidade de Poções. "Estamos indo nas delegacias, rodoviárias, fixando cartazes, porque com os cartazes a gente acredita que as pessoas possam visualizar mais e pedindo que as pessoas divulguem nas redes sociais."

Mas, apesar da notícia do caminhoneiro, a família não tem nenhuma confirmação de que mais alguém viu a médica depois dessa carona. "Mesmo no local as pessoas não mostram que viram", diz. Teixeira de Freitas e Feira de Santana são algumas cidades que os familiares já passaram.

APELO

Nesse momento, a família busca por notícias e, principalmente, pede rapidez, porque como ela está andando, se desloca de um local para outro, o que dificulta ainda mais o reencontro. "Ao ver a Jaqueline, que as pessoas cheguem perto dela e nos comuniquem em tempo real, porque essa informação do caminhoneiro chegou com dois dias de passado, então dificulta muito. A gente estava buscando Minas, que era o que estávamos imaginando. Agora a gente continua buscando em Minas e fomos também para a Bahia. Mas o meu apelo é que vendo a pessoa, aborde, comunique, fotografa, manda pra gente. Pra gente chegar mais rápido e encontrar a Jaqueline", reforça.

DELEGACIA DE POÇÕES

Em entrevista à Rádio CBN Vitória, um investigador que estava na delegacia de Poções na manhã desta terça-feira contou que o caminhoneiro foi de Planalto até Poções e que essa carona foi dada de sexta para sábado. Perguntado se a médica falou o nome dela para o caminhoneiro, o investigador não soube responder. Mas disse que ela chegou a dizer que era médica e tinha três filhos.

CORPO DE BOMBEIROS

O tenente Rafalski, do Corpo de Bombeiros, afirma que a informação do caminhoneiro é só uma pista. "Nós fizemos contato com a Polícia Militar da Bahia, com a Polícia Civil da Bahia e essa informação não foi confirmada. Supõem-se que ela foi vista, mas não existe nenhuma câmera de segurança ou algo que concretize que era ela. As equipes estão averiguando lá no local, o Corpo de Bombeiros, a PM, a PC da Bahia estão em estado de alerta, estão fazendo patrulhamentos naquela região, mas, de fato, nada de novo. Só uma pista de alguém que supostamente viu, que pode ter se confundido, pode ter achado que era ela. Nada que se concretize que era ela, nem uma uma imagem de TV que confirma ou qualquer coisa do tipo. É só uma pista, por enquanto".

Sem saber se a pessoa que pegou carona se identificou pelo nome Jaqueline, o tenente diz que, segundo a família, o caminhoneiro falou que a pessoa estava muito preocupada, receosa, com medo, nem conversou muito com o motorista durante o percurso. "Só pedia que ele a levasse para frente".

BUSCAS NO ES

Sem novas informações no Estado, as buscas estão suspensas. "O que nós conversamos ontem com a família, fomos muito sinceros com eles, aqui no Estado, a última informação que nós temos é de quarta-feira. Já são mais de cinco dias sem nenhuma informação nova. Considerando que nós fizemos as buscas todos os dias junto com a família, nós dissemos para eles que enquanto não surgirem novas informações, nós vamos continuar de prontidão, mas vamos aguardar novas buscas".

De acordo com o tenente, já foram feitas buscas por terra, com cães e equipes de mergulho. "Fizemos uma varredura em todo o percurso do rio, da ponte até próximo da foz do Rio Jucu. Então, eles entenderam que não há mais o que se fazer enquanto não surjam novas informações. Tem um ditado que diz: 'A informação vence a guerra'. Nós precisamos de novas informações. Assim que chegar uma nova pista, dizendo bombeiro vai lá, a gente vai".

Rafalski destacou que o foco da família mudou, com essa nova pista, "que parece ser quente, mas ainda não confirmou". "Eles preferiram voltar os olhos para a Bahia para intensificar as buscas por lá. Alguns familiares já foram ontem de avião, outros foram de carro. Estão fazendo esse percurso que começa na BR 101 e depois se transforma na BR 116 na Bahia. Eles estão intensificando as buscas do lado de lá. Para apoiar, o que a gente está fazendo do lado de cá é manter contato com a Polícia Civil, Militar, com o Corpo de Bombeiros e com a imprensa".

CÂMERAS

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A partir da fala do caminhoneiro, a busca por imagens na BR 101 Norte começou. "Nós já fizemos contato com as concessionárias que regem a BR 101 Norte para que eles nos forneçam essas informações, que serão repassadas para o Polícia Civil. É difícil identificar em uma câmera de segurança, que não tem uma boa qualidade, o interior da cabine de um caminhão, uma pessoa do lado. É muito difícil. Mas, em respeito à família, a gente fez essa busca e vai continuar fazendo, só que é uma linha investigativa, que fica com a Polícia Civil, que é quem tem competência, é treinada para fazer essa análise. As análises na Bahia podemos solicitar que eles nos enviem e a gente faz o trabalho de investigar aqui. É uma cidadezinha no interior da Bahia e isso foi na noite de domingo. Se ela continua pedindo carona, ela pode estar mais longe. A PRF na Bahia também está envolvida, parando alguns caminhoneiros, mostrando cartazes", relata.

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