> >
Quais os erros mais comuns que geram curto-circuito?

Quais os erros mais comuns que geram curto-circuito?

Medidas vão de disjuntores específicos à busca por uma assistência técnica. Segundo engenheiro elétrico, cuidados diminuem riscos de incêndio

Publicado em 23 de abril de 2018 às 21:49

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
(Pinterest)

Por vezes, as altas temperaturas constatadas principalmente em cidades litorâneas do Espírito Santo fazem com que seja frequente o uso de ventiladores e equipamentos de ar-condicionado, mas nem sempre os moradores tomam os devidos cuidados para evitar problemas na rede elétrica. As medidas vão de disjuntores específicos à busca por uma assistência técnica e, segundo o professor da área de engenharia elétrica Adriano Fazolo Nardoto, de 32 anos, podem ajudar a evitar incêndios em residências e estabelecimentos.

Na hora de instalar equipamentos como ar-condicionado ou chuveiros mais fortes, por exemplo, é importante chamar um técnico para que ele realize uma avaliação da rede elétrica da casa. O imóvel pode não estar preparado e a análise ajuda a evitar sobrecargas e, em caso de complicação, um possível incêndio. Adaptadores repletos de equipamentos ligados ao mesmo tempo — os famosos "Tês" ou "Benjamins" — também merecem atenção especial.

"Por mais que em diversas situações seja mais prático a utilização de uma extensão, não oriento a pessoa a fazer isso, pois, dependendo da quantidade de eletrônicos que estão ligados ao mesmo tempo na rede, com certeza a possibilidade de uma sobrecarga ou de um superaquecimento na rede elétrica acontecer existe", alertou o especialista.

Mesmo no caso dos adaptadores mais sofisticados, em formato de régua, é preciso tomar certos cuidados. "No caso específico desses estabilizadores, é importante a pessoa ficar atenta à descrição do próprio aparelho para tentar saber qual é o limite máximo de capacidade que ele suporta. Também é importante respeitar esse limite", disse.

(iStock)

O especialista também enfatizou o perigo de fios desencapados. "No caso dos fios 'descascados', a possibilidade de um acidente acontecer é grande. Pode ocasionar um curto-circuito quando um aparelho for ligado na tomada e, mesmo que nada grave aconteça, a pessoa pode se machucar de alguma maneira", comentou Adriano, que emendou: "Chegando num ponto em que você não tem mais a tomada, é aconselhável trocar o equipamento ou então procurar a assistência técnica e trocar o cabo do equipamento."

Até mesmo nas trocas de lâmpadas os moradores precisam tomar medidas de segurança, de acordo com Adriano Fazolo Nardoto. "Costumo aconselhar que, quando a pessoa for fazer a troca de alguma lâmpada, ela deve desligar o disjuntor no quadro geral da residência para evitar susto na hora em que ela manusear a lâmpada, tocar no bocal, para não tomar um choque elétrico”, orientou o Adriano, que enfatizou ainda a importância de manutenções periódicas e preventivas.

Exemplo de detector de fumaça. (Reprodução | Internet)

O especialista aproveitou para comentar sobre o caso dos irmãos Joaquim, de 3 anos, e Kauã, de 6, mortos durante um incêndio no quarto em que dormiam, em Linhares, região Norte do Espírito Santo. De acordo com Adriano, as crianças poderiam ter sido salvas caso um detector de fumaça, que alerta sobre início de incêndio, estivesse instalado no quarto onde as chamas começaram.

"Existe um detector que, ao perceber qualquer sinal de fumaça, dispara um alerta sonoro. Se a casa dos meninos tivesse esse dispositivo de alerta de incêndio, provavelmente daria tempo de salvá-los. Esse detector custa em torno de 50 reais, funciona à pilha e pode ser colado em qualquer parede com um adesivo que vem na parte de trás dele", indicou.

FIQUE ATENTO

Excesso de equipamentos eletrônicos em uma mesma tomada? Nem pensar. É fundamental estar atento ao limite máximo de carga suportado.

Instalação clandestina? Alto risco de acidente.

Fios desencapados ou ressecados? Evite. Possibilidade grande de incêndio.

Fusíveis e disjuntores queimando ou desarmando continuamente? É bom prestar atenção e efetuar a manutenção com um profissional capacitado.

Emissão de calor? Cuidado. Não deixe aparelhos que emitam calor ligados por muito tempo. Secador de cabelo e ferro de passar roupa, por exemplo, podem ser perigosos.

Eletricidade e água? Jamais. Mantenha sempre os cabos condutores de eletricidade longe de ambientes úmidos, principalmente no banheiro.

Está construindo ou fazendo reformas? Dê atenção especial ao projeto elétrico de sua casa.

E quanto às instalações elétricas? É importante, pelo menos uma vez ao ano, contratar um eletricista para que o profissional avalie as condições da rede elétrica.

Este vídeo pode te interessar

"Jeitinho brasileiro" para esconder um fio de extensão? Muitas pessoas costumam passar fios embaixo de tapetes... nunca faça isso. Nesta situação, em caso de incêndio, o tapete pode fazer com que as chamas se espalhem mais rapidamente. É aconselhável também não deixar aparelhos eletrônicos ligados próximos de cortinas ou móveis de madeira.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais