Asfalto remendado, com rachaduras e desnivelado. Essa é a situação de ruas e avenidas de Vitória. A reportagem de A GAZETA percorreu 52 quilômetros de carro pelas vias da Capital e encontrou diversos trechos com esses problemas.
A Reta da Penha é a campeã de irregularidades: da Ponte da Passagem até a Praça do Cauê. A avenida possui três faixas nos dois sentidos e as localizadas próximas aos pontos de ônibus apresentam muitos remendos e desníveis. No trajeto, feito pela reportagem na semana passada, observou-se que em alguns locais o asfalto está cheio de rachaduras. Na altura do bairro Santa Luíza, no sentido Jardim da Penha - Praia do Canto, a linha de tinta branca que sinaliza o fim da pista está completamente torta por conta do asfalto deformado.
Outra com problemas é a Avenida Vitória. No trecho entre o Instituto Federal do Espírito Santo até o cruzamento para a Marechal Campos há muitos remendos e falhas. Mesma situação das avenidas que ficam entre a Rodoviária de Vitória e o porto e da Fernando Ferrari, em frente à Universidade Federal do Espírito Santo, até a reta do antigo aeroporto e as avenidas Maruípe e Dante Michelini em Camburi.
Para melhorar a situação, a prefeitura fez um financiamento com a Caixa Econômica de R$ 78 milhões para refazer o asfalto da Capital. Mas as obras só devem começar em três meses.
ANTIGA
De acordo com o engenheiro civil e especialista em infraestrutura Aprígio Antônio Barreto Júnior, a malha asfáltica da Capital é antiga, e no passado faltaram estudos de engenharia de tráfego para prever o aumento de veículos. O estudo de tráfego não evoluiu para mostrar que precisamos de novas pistas, disse o engenheiro.
Aprígio destaca que as avenidas são revestidas de pavimento flexível quente, asfalto, que possui vida útil de 10 anos, cuja camada estrutural e de desgaste precisa ser recomposta.
Mas o prazo varia de acordo com o volume de tráfego, peso dos veículos e velocidade permitida para a via. Os remendos são reflexos da recuperação de rachaduras e buracos causados principalmente por infiltração.
Segundo Aprígio, o pavimento flexível não aguenta o esforço dos ônibus nas faixas em que os coletivos passam com maior frequência. Por isso seria necessário ter no mínimo uma estrutura rígida para evitar o trilho de rodas, o afundamento do asfalto por conta do peso a aceleração e frenagem. Na faixa próximo aos pontos de ônibus o correto é o pavimento rígido a base de cimento, que tem por exemplo no BRT em Belo Horizonte, em Minas Gerais, que aguenta o esforço do tráfego de aceleração e frenagem.
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