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Teste do copo d'água mostra qualidade do asfalto em Vitória

Teste do copo d'água mostra qualidade do asfalto em Vitória

Em uma bandeja, pelas principais vias da Capital, líquido só não transbordou em um trecho

Publicado em 11 de abril de 2018 às 20:14

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(Reprodução)

Remendos, desníveis e rachaduras. O motorista que passa nas principais vias de Vitória depara-se com esse tipo de problema. Com o asfalto cheio de problemas, quem está dentro de um carro tem que enfrentar os solavancos que o veículo dá sempre que passa por cima das áreas defeituosas. Para saber onde o condutor mais sofre, o Gazeta Online fez um desafio nas ruas e avenidas da Capital: o repórter segurou um copo cheio de água preso em uma bandeja para ver como esses problemas são sentidos pelos passageiros durante as viagens.

O objetivo da experiência foi observar a quantidade de água que transborda do copo com o carro em movimento ao passar pelos locais defeituosos.

Segundo a Primeira Lei de Newton, a da Inércia, que se estuda nas aulas de Física durante o ensino médio, a água não transborda se carro estiver um local plano e em velocidade constante.

Desconsiderando o movimento da água para frente durante a aceleração e para trás na desaceleração, e para o lado nas curvas, ela não só transbordou como pulou do copo durante a passagem em quase todas as ruas e avenidas da Capital, nos 52 quilômetros percorridos pela reportagem.

VEJA VÍDEO

 

A água caiu nos dois sentidos da Reta da Penha e da Avenida Fernando Ferrari, e nas avenidas Maruípe e Vitória. Nesses locais há muitos remendos e fundamento causado por pneus.

Da Rodoviária de Vitória, passando pelo Centro, Beira-Mar e toda extensão da Dante Michelini o motorista encontra menos pontos defeituosos. Mas o líquido voltou a cair diversas vezes, mostrando que o asfalto está longe de estar perfeito. 

A única via da Capital onde a água não derramou do copo foi a Adalberto Simão Nader, pista que foi preparada e cuidada recentemente para ser acesso ao Novo Aeroporto de Vitória.

RECUPERAÇÃO EM 90 DIAS

A recuperação do asfalto das ruas de Vitória deve começar em 90 dias. No primeiro momento, quatro vias serão contempladas. São elas: Avenida Vitória e Avenida Marechal Campos, Rua Vitalino dos Santos Valadares (em Santa Luíza) até a Rua da Grécia (Barro Vermelho). A previsão é que a obra nessas quatro vias sejam concluídas até novembro deste ano.

De acordo com o então secretário de Secretaria de Gestão, Planejamento e Comunicação de Vitória, Fabrício Gandini, em entrevista antes de deixar o cargo esta semana, elas serão contempladas primeiro por apresentarem uma situação “mais complexa.”

Na primeira fase do pacote de melhorias serão utilizados cerca de R$ 11 milhões. O valor é proveniente da primeira parcela de R$ 37 milhões de recursos repassados através de financiamento pela Caixa Econômica Federal. Ao todo, o município receberá R$ 189 milhões para refazer o asfalto da Capital.

De acordo com Gandini, enquanto essas vias estiverem em obras, a prefeitura vai listar quais são as próximas a receberem melhorias, com prioridade para as principais vias. “O critério que a gente observa é o movimento de trânsito e a passagem de ônibus.”

Pela avaliação da prefeitura, a Reta da Penha está em situação complexa e precisa receber melhorias no asfalto mas isso deve acontecer quando as obras na Avenida Leitão da Silva foram concluídas.

A previsão da Prefeitura de Vitória é que a reabilitação da malha asfáltica seja concluída em dois anos.

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