Remendos, desníveis e rachaduras. O motorista que passa nas principais vias de Vitória depara-se com esse tipo de problema. Com o asfalto cheio de problemas, quem está dentro de um carro tem que enfrentar os solavancos que o veículo dá sempre que passa por cima das áreas defeituosas. Para saber onde o condutor mais sofre, o Gazeta Online fez um desafio nas ruas e avenidas da Capital: o repórter segurou um copo cheio de água preso em uma bandeja para ver como esses problemas são sentidos pelos passageiros durante as viagens.
O objetivo da experiência foi observar a quantidade de água que transborda do copo com o carro em movimento ao passar pelos locais defeituosos.
Segundo a Primeira Lei de Newton, a da Inércia, que se estuda nas aulas de Física durante o ensino médio, a água não transborda se carro estiver um local plano e em velocidade constante.
Desconsiderando o movimento da água para frente durante a aceleração e para trás na desaceleração, e para o lado nas curvas, ela não só transbordou como pulou do copo durante a passagem em quase todas as ruas e avenidas da Capital, nos 52 quilômetros percorridos pela reportagem.
VEJA VÍDEO
A água caiu nos dois sentidos da Reta da Penha e da Avenida Fernando Ferrari, e nas avenidas Maruípe e Vitória. Nesses locais há muitos remendos e fundamento causado por pneus.
Da Rodoviária de Vitória, passando pelo Centro, Beira-Mar e toda extensão da Dante Michelini o motorista encontra menos pontos defeituosos. Mas o líquido voltou a cair diversas vezes, mostrando que o asfalto está longe de estar perfeito.
A única via da Capital onde a água não derramou do copo foi a Adalberto Simão Nader, pista que foi preparada e cuidada recentemente para ser acesso ao Novo Aeroporto de Vitória.
RECUPERAÇÃO EM 90 DIAS
A recuperação do asfalto das ruas de Vitória deve começar em 90 dias. No primeiro momento, quatro vias serão contempladas. São elas: Avenida Vitória e Avenida Marechal Campos, Rua Vitalino dos Santos Valadares (em Santa Luíza) até a Rua da Grécia (Barro Vermelho). A previsão é que a obra nessas quatro vias sejam concluídas até novembro deste ano.
De acordo com o então secretário de Secretaria de Gestão, Planejamento e Comunicação de Vitória, Fabrício Gandini, em entrevista antes de deixar o cargo esta semana, elas serão contempladas primeiro por apresentarem uma situação mais complexa.
Na primeira fase do pacote de melhorias serão utilizados cerca de R$ 11 milhões. O valor é proveniente da primeira parcela de R$ 37 milhões de recursos repassados através de financiamento pela Caixa Econômica Federal. Ao todo, o município receberá R$ 189 milhões para refazer o asfalto da Capital.
De acordo com Gandini, enquanto essas vias estiverem em obras, a prefeitura vai listar quais são as próximas a receberem melhorias, com prioridade para as principais vias. O critério que a gente observa é o movimento de trânsito e a passagem de ônibus.
Pela avaliação da prefeitura, a Reta da Penha está em situação complexa e precisa receber melhorias no asfalto mas isso deve acontecer quando as obras na Avenida Leitão da Silva foram concluídas.
A previsão da Prefeitura de Vitória é que a reabilitação da malha asfáltica seja concluída em dois anos.
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