Cerca de 80 pessoas acompanharam, na noite deste domingo (27), o primeiro culto ministrado na Igreja Batista Vida e Paz, no bairro Interlagos, em Linhares, após pouco mais de 20 dias fechada. O templo não era aberto desde que vândalos atacaram o local. A igreja era liderada pelo pastor George Alves, preso desde 28 de abril acusado de abusar sexualmente, agredir e matar o filho Joaquim Alves, de 3 anos, e o enteado Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos, no dia 21 de abril. A pastora Juliana Salles, esposa de George e mãe das crianças, não esteve no culto.
O pastor Wallace Souza, que veio da igreja em Governador Valadares (MG) para ministrar o culto em Linhares, disse que a igreja não vai parar. Ele começou a pregação citando de forma indireta os problemas que o templo tem enfrentado desde que as acusações contra George foram anunciadas em coletiva de imprensa da Secretaria de Segurança Pública (Sesp) na última quarta-feira (23). Tivemos uma semana muito intensa emocionalmente. Mas a igreja de Jesus Cristo vai continuar na Terra, afirmou Souza.
Além disso, o pastor disse que os membros do templo em outras cidades perguntam como estão os frequentadores da igreja em Linhares. Eu digo: eles estão chorando, estão lamentando, mas eles sabem que Jesus vive, ressaltou.
Antes de finalizar o culto, Souza destacou que é tempo de curar as feridas dessa igreja e que cada fiel ali é um soldado ferido que vai mostrar ao céu e ao inferno que é um vencedor.
Após a pregação, Walace contou à reportagem que a igreja ainda vai definir quem será o novo pastor a liderar o templo de Linhares. O que eu posso dizer é que hoje eu quem vim pregar e devo ficar na cidade mais uns dias. Sobre o George, agora é com a defesa dele. A igreja não pode parar, justificou.
Questionado sobre a segurança do local após as depredações, ele respondeu que agora a vida segue. Nossa igreja foi vandalizada, um membro chegou a ser agredido dia desses, mas a gente entende que não pode parar os cultos. Vamos continuar, garantiu.
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