As carretas que saíram de Santa Maria de Jetibá para buscar ração para aves em Minas Gerais seguem paradas na BR 262, na altura de Brejetuba. Mesmo com escolta da Polícia Militar, as carretas foram interceptadas por caminhoneiros por volta de meio-dia desta segunda-feira (28) e ainda aguardam liberação para seguir viagem na manhã desta terça (29).
Os caminhões estão vazios e saíram de Santa Maria de Jetibá com destino a Uberlândia, em Minas Gerais, para buscar ração para aves e suínos. De acordo com Nelio Hand, presidente da Associação dos Avicultores do Espírito Santo (Aves), a situação é crítica, os frangos estão morrendo e não é possível esperar mais.
"As carretas ainda estão paradas, aguardando para seguir viagem. Estamos tentando liberação com a liderança do bloqueio. Não dá para esperar mais. Estamos no extremo limite, estamos em ração nas granjas", afirmou.
Nesta segunda (28), equipes da PM se deslocaram de Ibatiba para negociar e reforçar o comboio que irá guiar as carretas até a divisa do Estado com Minas Gerais.
30 MILHÕES DE AVES PODEM MORRER DE FOME
Se a ração não chegar a partir desta terça-feira (29), 30 milhões de aves e 150 mil suínos podem morrer no Espírito Santo. O presidente da Associação de Avicultores do Estado do Espírito Santo (Aves) Volkmar Berger, em entrevista ao Bom Dia Espírito Santo na manhã desta segunda-feira (28), afirma que a situação é crítica e que os caminhões com matéria-prima da ração estão retidos na divisa do Estado.
De acordo com o presidente, granjeiras têm se ajudado e compartilhado ração para que as aves não morram, mas a partir desta terça-feira (29) a situação deve piorar, caso a ração não chegue até as granjeiras.
Cerca de 30 milhões de aves podem morrer de fome. Segundo Berger, caminhões com a matéria-prima da ração que vem do Centro-Oeste do País estão retidos nas divisas do ES e no estado de Minas Gerais.
"Os caminhões de ração e os que estão com ovos não conseguem passar. O problema maior é que o Estado é um grande importador de matéria-prima, principalmente milho e soja, que são os dois maiores ingredientes da ração de aves, e eles vêm do Centro-Oeste. Nós temos muitos caminhões que estão retidos na divisa do ES e no estado de Minas Gerais", explicou o presidente em entrevista ao Bom Dia ES.
Na manhã desta segunda-feira (28), a presidência da Aves esteve reunida com a Secretaria de Estado de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (SEAG) para buscar soluções para essa situação.
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