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Polícia Militar diz que realiza 50 blitze por dia em Jardim da Penha

Polícia Militar diz que realiza 50 blitze por dia em Jardim da Penha

Bandidos migram quando há operações em um ponto, diz major

Publicado em 5 de maio de 2018 às 00:52

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Para evitar que seja vítima de outros assaltos, uma vendedora, que prefere não se identificar, guarda o celular no modo silencioso no fundo falso da bolsa ou no sutiã. (Carlos Alberto Silva)

A sensação de insegurança de moradores e comerciantes de Jardim da Penha não passa, mesmo com a realização de blitze diárias no bairro. A Polícia Militar realiza cerca de 50 operações por dia para conter a ação de criminosos.

O major Carlos Magno de Oliveira Silva, comandante da 12ª Companhia da PM – que, além de Jardim da Penha, atua nos demais bairros da região continental de Vitória – diz que o trabalho de repressão é intenso, mas tem observado que, quando a polícia faz as blitze em um ponto, os bandidos migram para outro.

“Temos percebido queda nas ocorrências de roubo a pessoas mas, como se dá esse fenômeno da concentração de delitos em alguns pontos, devido à migração, dá a impressão contrária para a população”, afirma.

Questionado sobre o déficit no policiamento, o major Carlos Magno assegurou que a perspectiva é atender a comunidade com aumento no efetivo, mas disso depende a realização do concurso da PM, que ainda está em andamento.

Para uma vendedora de 29 anos, que preferiu não se identificar, a insegurança em Jardim da Penha é tão grande que talvez ela só se sentisse mais tranquila para trabalhar se uma radiopatrulha ficasse durante todo o dia na Praça Wolghano Netto, lugar de grande movimentação no bairro. Ela tem medo porque já foi assaltada ao abrir a porta da loja para atender um homem que pedia uma xícara de café. No entanto, a intenção dele era assaltar.

CAMPANHA

O major Carlos Magno conta que foi iniciada neste mês a campanha “Proteja seu Comércio” pela qual policiais militares estão visitando todos os estabelecimentos na área de abrangência da 12ª Companhia.

Durante a visita da PM, os lojistas e funcionários podem apresentar sugestões, tirar dúvidas e fazer reclamações. Os policiais também oferecem orientações, como o posicionamento mais adequado para o caixa do comércio e como eliminar vulnerabilidades do local.

“Nesse bate-papo, prestamos uma consultoria em segurança. Além disso, colhemos informações que podem nos ajudar. Eu deixo de ter um policiamento aleatório e passo a fazer uma ronda qualitativa, com base no levantamento que está sendo realizado”, ressalta.

O bairro também é atendido por agentes da Guarda Municipal que atuam em apoio à PM. “Fazemos um trabalho de cooperação, com agentes em viaturas, motos, a pé e em bicicletas”, afirma Fronzio Calheira Mota, secretário municipal de Segurança Urbana.

“Também temos um sistema de videomonitoramento 24 horas no bairro, com 16 câmeras, criamos um posto da guarda na Ponte da Passagem para controle daquela região, e recentemente instalamos o Cerco Inteligente de Segurança que, inclusive, já conseguiu recuperar veículo furtado em Jardim da Penha. São várias medidas adotadas, não apenas para esse bairro, mas para todo o município”, finaliza Calheira.

PERSEGUIÇÃO POLICIAL NO MEIO DA TARDE

A equipe de reportagem esteve em Jardim da Penha na sexta-feira (04) por volta de 16 horas quando presenciou uma ação policial no bairro: uma perseguição policial na região da Praça Wolghano Netto, perto de um supermercado.

Viaturas da Polícia Militar perseguiram um motociclista, que estava descalço, até a Rua Comissário Octávio de Queiroz, na altura de uma farmácia, para abordá-lo. O movimento da PM chamou a atenção de quem passava pelo local e surpreendeu os moradores, mas o homem foi liberado.

Parte da equipe que perseguiu o suspeito estava realizando uma blitz na entrada do bairro, logo depois da descida da Ponte da Passagem, na Rua Hugo Viola. Os policiais informaram que realizam a fiscalização durante 40 minutos em um certo ponto, depois mudam, de forma itinerante.

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Segundo os PMs, como não é possível abordar todos os veículos, são priorizados os que têm características suspeitas. Eles informaram que as blitze não acontecem todos os dias no mesmo local, já que são definidas pelo comando de cada região.

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