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Após sete anos de funcionamento, jardim aberto é extinto em Vitória

Após sete anos de funcionamento, jardim aberto é extinto em Vitória

O comerciante da região Eugênio Martini, que tomava conta do espaço desde 2011, foi notificado pela prefeitura para retirar os animais

Publicado em 25 de junho de 2018 às 20:13

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Jardim é extinto em Vitória. (Rita Benezath)

O jardim aberto, que funcionava na esquina da Rua Dionísio Rosendo desde 2011, no entorno da Praça Costa Pereira, em Vitória, foi extinto. Desde que foi inaugurado, de acordo com o principal responsável pela manutenção do local, o espaço acolheu ao menos 40 tipos de plantas e inúmeros animais, entre coelhos, galinhas, preás, peixes, codornas e outros. Contudo, devido a uma notificação da Prefeitura de Vitória para que os animais fossem retirados, Eugênio Martini, 62 anos, resolveu encerrar totalmente as atividades e retirar também as espécies de plantas do jardim que ele cuidava.

Segundo Eugênio, o jardim aberto era mais uma tentativa de encontrar um lar onde os animais pudessem receber cuidado, carinho e alimentos. O comerciante diz que um grupo, do qual desconhece o vínculo, retirou os animais do local no último final de semana. 

Eugênio cuidava desde 2011 do espaço . (Rita Benezath)

"A única informação que temos é que algumas pessoas vieram e recolheram os animais. Não sei quem são e nem para qual lugar eles foram levados. Não nos deram satisfação alguma. Eu não estava na hora em que vieram recolher, mas, o que me disseram, foi que essas pessoas falaram que estavam ali autorizadas pela prefeitura", disse. A Prefeitura de Vitória, no entanto, nega que tenha enviado alguém para retirar os animais, uma vez que não é papel da instituição fazer o deslocamento dos bichos. Reforçou que só fez a notificação após ter recebido denúncias de maus-tratos aos animais no local e seguiu o que determina a lei federal de Crimes Ambientais 9605/98, regulamentada pelo decreto 6514/2008.

Chateado com a notificação e a retirada dos bichos, o comerciante resolveu também retirar as plantas que cultivava no espaço e as levou para um galpão de propriedade dele.

Muitas espécies de animais viviam no local. (Rita Benezeth)

"Minha intenção era continuar com as plantas, porém, minha esposa implorou para eu retirá-las para evitar algum outro tipo de problema. Encerrei todas as atividades no canteiro para não receber novas notificações. Trouxe todas as plantas para minha casa e vou cuidar delas aqui, onde tenho um galpão que cabem todas elas. Algumas pessoas até me pediram algumas, mas tenho ciúmes delas", afirmou.

Procurada pela reportagem do Gazeta Online, a Prefeitura de Vitória informou que "as plantas que estavam no local haviam sido compradas/adquiridas pelo morador em questão, então, por ele não ter retirado do local nenhum material de posse pública, não se configura crime." Continuou dizendo que, "quanto à retirada dos bichos, não é de responsabilidade da prefeitura realizar a ação."

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Nem Martini nem a prefeitura souberam informar para qual local os animais foram levados nem quem é o grupo que os retirou do jardim.

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