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Justiça determina que igreja recupere área degradada em Vitória

Justiça determina que igreja recupere área degradada em Vitória

Danos ambientais foram causados durante nove anos pela Igreja Evangélica Batista de Vitória. Instituição foi condenada a recuperar o manguezal

Publicado em 7 de junho de 2018 às 23:06

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Igreja Evangélica Batista de Vitória, localizada na Reta da Penha. (Divulgação)

O Ministério Público Federal (MPF) no Espírito Santo divulgou, nesta quinta-feira (7), decisão da Justiça determinando que a Igreja Evangélica Batista de Vitória, localizada no bairro Jardim da Penha, recupere um mangue de 688,94m², que é uma área de preservação ambiental, degradado durante obras que aconteceram entre 2000 e 2009.

A igreja também foi condenada a pagamento de multa pelos danos, com valor a ser fixado após a restauração das áreas, conforme projeto de recuperação previamente aprovado pela Justiça. O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) e a Prefeitura de Vitória vão fiscalizar as obras de remoção da edificação no local. Ficou acordado que a igreja tem até 120 dias para cumprir com a determinação.

Segundo o MPF, a igreja não obteve, em nenhum momento, licença ou autorização de quaisquer dos órgãos competentes para execução das obras. Mesmo tento sofrido diversas autuações, todas aplicadas pelos órgãos ambientais como a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e o Iema, a instituição religiosa seguiu com as obras.

A igreja, por sua vez, afirma que o mangue está recuperado independentemente da presença do material da obra. Justificativa que não convenceu a promotoria.

De acordo com a ação, a obra realizada causou danos ambientais e urbanísticos significativos ao ser realizado entre áreas de preservação. No processo, entre os danos ambientais constatados, o promotor destaca a erosão e contaminação do solo e dos recursos hídricos e a alteração da paisagem em função da estrutura construída.

"A intervenção em áreas consideradas de preservação permanente causa dano ao meio ambiente local, independentemente de supressão de vegetação, porque a proteção abrange também os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora e o solo, além de assegurar o bem estar das populações humanas do entorno", destaca a sentença.

A reportagem tentou contato com a direção da Igreja Evangélica Batista de Vitória e as ligações não foram atendidas.

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