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Mãe que acusou mulher de roubar bebê no ES tentou vender a criança

Mãe que acusou mulher de roubar bebê no ES tentou vender a criança

Afirmação é do delegado Lorenzo Pazolini, que comanda a investigação; a mulher que havia ficado com a criança é procurada pela polícia

Publicado em 11 de junho de 2018 às 19:03

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Mãe quando teve o bebê devolvido pela polícia. (Fernando Madeira | Arquivo | GZ)

A mãe que recuperou o filho após ter acusado uma mulher de sequestro em Vila Velha, Waleria Soares da Silva, de 32 anos, será indiciada por vender o bebê. Em março deste ano, ela havia denunciado à polícia que uma mulher havia roubado o filho recém-nascido dela. Em abril, após trabalho da polícia, a criança foi encontrada e devolvida à mãe. Agora, as investigações apontaram que não houve sequestro, mas sim uma venda da criança. O caso é investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente e a acusação à mãe foi confirmada pelo titular, o delegado Lorenzo Pazolini.

Mãe que acusou mulher de roubar bebê no ES tentou vender a criança

Segundo o delegado, o discurso da mãe dizendo que teve o bebê roubado é falso. Ela na verdade teria vendido o filho em troca de objetos e um valor que seria depositado todo mês em um conta, algo que não aconteceu. “Nós encontramos documentos que ela assinou. Ela confessa o crime. A única divergência que existe é quanto ao valor que ela receberia por isso”, acrescentou Pazolini.

De acordo com o delegado, Waléria será indiciada pelo crimes de entrega do filho a terceiros - com pena de um a quatro anos e multa - e denunciação caluniosa - com pena de um a seis meses ou multa - por ter mentido na acusação contra a mulher.

A mulher que havia ficado com o bebê também será indiciada por receber a criança - pena também de um a quatro anos e multa. “A mulher está sendo procurada pela Polícia Civil. Mas já foi pedida a prisão preventiva dela, então por enquanto ela não é considerada foragida”, salientou o delegado.

Mais informações sobre o caso serão repassadas à imprensa durante coletiva na tarde desta segunda-feira (11). As atualizações serão publicadas nesta matéria.

RELEMBRE O CASO

Waléria falou no mês de abril que teria conhecido uma mulher em Vila Velha e aceitou ficar na casa dela, já que estava no período final de gestação. Waléria passou os últimos três meses de gravidez na casa da acusada, em Ponta da Fruta, depois de ficar dois meses em um abrigo.

Quando entrou em trabalho de parto, foi levada pela então amiga para o Hospital Francisco de Assis, em Guarapari. A criança nasceu às 12h29 do dia 8 de março de 2018, e o nascimento do menino foi acompanhado de perto por Suelen.

Ao receber alta, mãe e filho voltaram para a casa de Ponta da Fruta. Três dias depois, no quinto dia de vida do bebê, Waléria decidiu voltar para a Bahia a fim de buscar a certidão de nascimento do marido e então conseguir registrar a criança. Foi a última vez que ela viu o filho.

"Ela (Suelen) me disse que eu não conseguiria viajar com a criança só com o papel que o hospital me deu, sem a certidão de nascimento, e disse que tomaria conta do bebê enquanto eu viajava. Ela pagou minha passagem, me levou na rodoviária e lá não me deixou nem pegar meu filho, dizendo que assim seria melhor para mim. Voltei para Camamu (cidade no sul da Bahia), peguei a certidão do pai e acabei registrando o menino lá mesmo. Voltei para o Espírito Santo com a certidão de nascimento, e quando cheguei descobri que ela tinha ido embora com o meu filho", contou Waléria na entrevista em abril deste ano.

Waléria Soares da Silva reencontrou o filho um dia depois da reportagem. A mãe esteve na Delegacia Antissequestro (DAS), onde o caso foi registrado, e de lá saiu com o bebê de um mês nos braços. 

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