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Menino que caiu de telhado respira por aparelhos, diz família

Menino que caiu de telhado respira por aparelhos, diz família

Ele subiu no telhado de um galpão do clube Álvares Cabral e caiu de uma altura de cinco metros

Publicado em 24 de junho de 2018 às 21:54

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Edinaildes Gonzaga dos Santos, 52 anos, avó de menino que caiu do telhado, em Vitória. ( Fernando Madeira)

O estado de saúde do menino de 12 anos que caiu de um telhado no clube Álvares Cabral, em Vitória, na tarde deste domingo (24), preocupa a família. A avó da criança, a doméstica Edinaildes Gonzaga dos Santos, 52 anos, afirmou que o neto está sedado e respira com ajuda de aparelhos. Ela contou que o menino bateu a cabeça quando caiu de uma altura de cerca de cinco metros. 

"Os médicos ainda não deram diagnóstico, mas ele bateu com a cabeça.  Ele está sedado e respirando por aparelhos. Estão fazendo tomografia", afirmou. 

Segundo uma funcionária do clube, que não quis se identificar, o menino corria atrás de uma pipa, no bairro Jesus de Nazareth, quando subiu no telhado de um dos galpões do Ginásio Álvares Cabral onde são guardados os barcos para aulas de remo. Os funcionários acreditam que ele caiu após ter pisado na parte de acrílico do telhado.

Pronto Socorro do Hospital Infantil de Vitória, para onde a criança foi levada. (Fernando Madeira)

Ainda de acordo com a funcionária, um dos funcionários do local escutou o barulho e pensou ser o vento. Quando ele foi ao local verificar, encontrou a criança caída no chão. Alguns sócios que pescavam no momento do acidente acionaram o socorro e o Samu foi até o local.  

Uma tia do garoto, a cozinheira Clerimar Maria Passos, de 48 anos, acredita que o sobrinho tenha entrado para o Álvares por meio de uma mata que tem perto dos galpões. "Ele gostava muito de soltar pipa, mas não naquela região. Existe uma mata lá. Não sei como, mas acredito que ele tenha passado por lá para chegar até o galpão", acrescentou. 

O menino mora com a avó. O pai dele mora no mesmo bairro e a mãe reside em Colatina, no Noroeste do Estado. Segundo familiares, ela ficou sabendo da situação durante a tarde deste domingo, mas como mora em uma região rural e afastada não conseguiu vir à noite. 

A avó toma conta do menino há cerca de três anos. Ela contou que não estava em casa no momento do acidente, pois tinha ido levar o marido ao Hospital Dório Silva, na Serra, onde passaria por uma cirurgia. "Quando cheguei em casa a tia dele falou que ele tinha caído no Alvares. Só fui em casa, peguei as coisas dele e vim pra cá", relatou. "Ele é muito querido", completou, emocionada. 

Segundo Edinaildes, o neto saiu de casa neste domingo por volta das 10 horas. "Ele estava sozinho. Falou que ia cortar o cabelo. Eu disse pra ele não demorar porque tinha que levar o avô dele no hospital. Ele é um menino esperto. Eu sempre falava pra não brincar de pipa em terraço, em lugar alto", disse.

A avó disse que a única vez que o menino caiu foi brincando, em local baixo, mas nunca teve uma situação parecida soltando pipa. O menino está internado no setor de urgência e emergência do Hospital Infantil de Vitória. Até o último contato com a reportagem a família disse que ele estava entubado, insconsciente e com várias fraturas no crânio. 

O marido da doméstica trabalhava como jardineiro justamente no Clube Álvares Cabral em 2014 quando caiu de uma escada e até hoje tem um problema nos pés. A cirurgia que ele vai passar tem relação com esse acidente, já que ele não consegue andar direito. 

"NUNCA ACONTECEU ANTES", DIZ PRESIDENTE DO ÁLVARES 

O presidente do Clube Álvares Cabral, Fernando Bissoli, declarou que o local nunca sofreu invasão de crianças e adolescentes atrás de pipas. Segundo ele, o menino de 12 anos estava com outros colegas, que saíram correndo com medo no momento da queda do adolescente. 

Fernando Bissoli garante que o acesso ao teto do Álvares não é tão simples . (Fernando Madeira )

"Existe uma mata, difícil de visualizar, e eles tiveram acesso ao clube por ela. Felizmente um dos funcionários da limpeza ouviu um barulho na garagem do remo. Ele olhou pela fresta e viu que tinha criança caída. O telhado tem cerca de cinco metros de altura e ele caiu de uma telha de acrílico, transparente", explicou Bissoli.

Segundo Bissoli, o galpão fica ao lado do Bairro Jesus de Nazareth. "Como é um local separado, ninguém nem observou (as crianças entrando). É mais isolado e não tem como as pessoas verem o movimento. Tem uma cerca e acredito que eles passaram por essa proteção, nessa mata, e tiveram acesso", acrescentou. 

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O presidente do clube também garantiu que o acesso ao teto do galpão não é tão simples. "Não tem escada lá e nem facilidade. Como foi a primeira vez, a gente vai observar esse fato para tentar reforçar (a cerca) para evitar novas situações", garantiu. 

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