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Tragédia em Linhares: Ministério Público devolve inquérito à polícia

Tragédia em Linhares: Ministério Público devolve inquérito à polícia

Promotora pediu investigações complementares para o inquérito que apura morte dos irmãos Kauã e Joaquim

Publicado em 5 de junho de 2018 às 17:56

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Os irmãos Kauã e Joaquim foram mortos carbonizados no dia 21 de abril. (Gazeta Online)

O inquérito que apura a morte dos irmãos Kauã Salles, de 6, e Joaquim Alves, de 3 anos, em um incêndio, em Linhares, concluído no último dia 25 de maio, foi devolvido à Polícia Civil pelo Ministério Público do Estado. Foram solicitadas investigações complementares, que deverão ser realizadas dentro de um prazo de dez dias.

A apresentação da denúncia à Justiça estadual era aguardada para esta segunda-feira (04). Mas, de acordo com a promotora Rachel Tannenbaum, da Segunda Promotoria Criminal - que trata de crimes dolosos contra a vida - de Linhares, responsável pelo caso, "serão necessárias diligências (investigações) complementares".

Tragédia em Linhares, Ministério Público devolve inquérito à polícia

Ela não detalhou os motivos do pedido, mas explicou que, como ainda está em vigor a prisão temporária do pastor, o prazo para que a denúncia seja produzida não se encerrou nesta segunda-feira (4).

A promotora Rachel Tannenbaum. (MPES | Divulgação)

Em entrevista concedida no último dia 25 ao Gazeta Online, a promotora já havia informado que deverá pedir a prisão preventiva do investigado, o pastor Georgeval Alves Gonçalves. “Diante da gravidade dos fatos, da periculosidade e da conduta do pastor, vamos solicitar a prisão preventiva”, disse Rachel.

Segundo informações da Polícia Civil, a pedido do Ministério Público a Justiça decretou sigilo absoluto dos autos, porém o trabalho da PC foi encerrado desde o relatório final apresentado pelos delegados no dia 29 de maio.

O pastor era líder da Igreja Batista Vida e Paz de Linhares, junto da esposa, a também pastora Juliana Salles, mãe das crianças. George está preso desde o dia 28 de abril e teve a prisão temporária prorrogada por mais 30 dias, por decisão da Justiça, no último dia 22 de maio.

CONCLUSÃO

A força-tarefa que investigou o caso concluiu o inquérito no dia 25 do mês passado. Eles indiciaram o pastor Georgeval Alves Gonçalves, 36, pai de Joaquim e padrasto de Kauã, por duplo homicídio triplamente qualificado e duplo estupro de vulneráveis.

Perícias anexadas ao inquérito apontam ainda que o incêndio foi criminoso e que as crianças teriam sido agredidas, alvos de abusos sexuais e que ainda estariam vivas quando o incêndio foi iniciado. Teria sido utilizado um material acelerante no incêndio que resultou na carbonização das crianças.

No mesmo dia, a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) também confirmou por meio de nota que a Polícia Civil concluiu o inquérito policial, onde foi relatado ao Ministério Público a autoria de Georgeval Alves Gonçalves nos crimes de duplo homicídio triplamente qualificado (emprego de fogo; uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas e para assegurar a ocultação de outro crime) e duplo estupro de vulnerável (majorado por ser ascendente de uma das vítimas e padrasto da outra). A polícia também descartou qualquer indício que aponte a participação de outras pessoas no caso.

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