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Bombeiros fazem formação de seis novos cães para resgate

Bombeiros fazem formação de seis novos cães para resgate

O responsável pela procriação dos novos "bombeiros caninos" é o Franjo, um cão que veio da Alemanha em janeiro deste ano para reforçar a genética

Publicado em 20 de julho de 2018 às 17:47

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Treinamento de cães na Serra. (Kaique Dias)

Seis cães do Corpo de Bombeiros estão passando por um treinamento para ajudar em buscas em florestas, desabamentos e outras situações. Nesta sexta-feira (20) o treinamento aconteceu em um mata em Jacaraípe, na Serra, para simular o resgate de vítima perdida em floresta. O objetivo da corporação é ter 20 cães aptos para buscas nos próximos anos. Hoje são oito em ação.

Assista o vídeo abaixo:

O responsável pela procriação dos novos “bombeiros caninos” é o Franjo, um cão que veio da Alemanha em janeiro deste ano para reforçar a genética dos novos filhotes. Segundo o corregedor-adjunto dos Bombeiros, coronel Leonardo Merigueti, que é responsável pelo animal, o país é um dos mais rígidos em treinamento.

Coronel Merigueti com o Franjo, pastor alemão responsável pelo reforço genético . (Kaique Dias)

“Nós já estamos com três filhotes treinando e tem mais uma ninhada chegando. A condição de saúde dele é perfeita, uma resistência e um faro aferidos. Essa carga genética passando para nossos cães, que utilizam resistência, faro e temperamento equilibrado, é fundamental”, declarou.

No total seis cães estão sendo treinados, sendo cinco pastores alemães e dois pastores belgas. Se passarem na certificação - uma espécie de prova ao final do ano - quatro deles já poderão atuar. Dois cães estão com três meses de idade e já começaram a ser treinados, mas só no ano que vem estarão disponíveis.

O segundo módulo do treinamento terminou nesta sexta-feira e durou a semana toda. Serão mais três até o final do ano - no próximo mês, em outubro e em dezembro, quando acontece a certificação. O animal é aprovado caso mostre que é capaz de localizar as vítimas e não ter temperamento agressivo.

Diferente da Polícia Militar, o animal precisa ser dócil - já que a função não é deter criminosos. O treinamento é diferente também, e consiste em mostrar para o cão que o salvamento de uma vítima pode ser como uma brincadeira. “Todo treinamento é feito com a vontade do cão em ser recompensado e brincar. A pessoa se esconde e leva um brinquedo. Ao chegar no local o cão recebe o brinquedo. Da mesma forma, quando ele encontra uma vítima, é recompensado”, explicou.

Os oito cães aptos atualmente já ajudaram em situações importantes, como na busca por vítimas em Mariana, no desastre ambiental de 2015, no desabamento da área de lazer do Grand Parc Residencial Resort, em 2016, e em situações como no encontro do professor universitário Antônio Teodoro Dutra Júnior, de 43 anos, que estava perdido no Caparaó no ano passado.

DONOS DOS CÃES SÃO BOMBEIROS

Os cães treinados pelos Bombeiros ficam sempre nas casas dos militares,, para ganhar mais confiança, que ajuda no trabalho. Os responsáveis pelos animais também precisam aplicar “lições de casa”, mesmo não sendo nas semanas específicas para treinamento.

A partir dos 60 dias, os cães já são incentivados. “Sempre brincando e cuidando do bem estar animal. Quando chega a um ano ou dois, eles são certificados”, explicou.

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Para Merigueti os cães são muito importantes para a busca de pessoas. “A gente diminui o número de recursos empregados, além de reduzir o tempo de busca. As pessoas são encontradas mais rapidamente, com um número menor de bombeiros e recursos empregados”, ponderou.

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