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Câmeras em Vila Velha poderão identificar pessoas com mandado de prisão

Câmeras em Vila Velha poderão identificar pessoas com mandado de prisão

Os dados serão captados com o banco de informações da Polícia Civil, que também poderá ter acesso às informações

Publicado em 17 de julho de 2018 às 15:51

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Câmera em Vila Velha vai ser usada para fiscalização. (Caíque Verli)

Antes previsto para ser inaugurado esse mês, o cerco eletrônico de Vila Velha deve demorar um pouco mais para sair do papel, mas deverá ser bem mais tecnológico do que estava sendo estudado. O sistema que a prefeitura estuda poderá até identificar rostos de pessoas com mandados de prisão e situações de tráfico de drogas em tempo real.

O software é parecido com o que foi utilizado nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016. De acordo com o secretário de Defesa Social e Trânsito, Coronel Oberacy Emmerich Júnior, empresas de São Paulo e do Rio de Janeiro estão apresentando as inovações.

“A gente estava com um projeto praticamente pronto, mas esse cerco digital dá acesso a placas apenas. Me aprofundei e vi que existem tecnologias muito mais importantes e que te permitem usar toda a captação de imagem, tudo o que passa pelo videomonitoramento”, explicou.

Com a programação, além das placas de carros, o software reconhece os rostos de pessoas com mandados e situações de crimes acontecendo na cidade. Os dados serão captados com o banco de informações da Polícia Civil, que também poderá ter acesso às informações da Prefeitura. Um alarme é disparado e com isso a central de videomonitoramento aciona a Guarda Municipal, a Polícia Militar ou a Polícia Civil.

No próximo mês o secretário viaja para São Paulo para estudar a tecnologia em duas empresas. A prefeitura pretende lançar um edital até o final do ano. A pretensão é que esse cerco comece a funcionar já no próximo ano.

Hoje existem cerca de 70 câmeras em operação em Vila Velha, boa parte delas ainda analógicas. Com o cerco, novas câmeras serão instaladas. Além disso, o sistema permite a colaboração de câmeras de condomínios e casas. “Caso um proprietário queira disponibilizar a câmera que está virada para a rua - tendo uma conexão via internet - conseguimos usar no sistema, sem necessidade de fibra ótica”, declarou.

A prioridade de instalação de novas câmeras será nas regiões onde hoje tem pouca cobertura, como Barra do Jucu, Ponta da Fruta e Terra Vermelha. O custo ainda está sendo calculado pela prefeitura, mas o valor não deve passar de R$ 1 milhão.

VITÓRIA ESTUDA SISTEMA QUE RECONHECE ARMAS

O município de Vitória hoje já tem um cerco eletrônico que reconhece placas de carros com restrição de furto e roubo. Até esta segunda-feira (16), 36 veículos foram recuperados. Há um estudo para a instalação de um software que também reconhece armas, brancas ou de fogo, como adiantou a coluna Leonel Ximenes.

Um alarme vai disparar um alerta à central de segurança quando alguém sacar uma arma nas ruas de Vitória onde há câmeras ligadas ao sistema. Além disso, segundo o subsecretário de Tecnologia da Informação, Márcio Passos, até 10 mil situações podem ser programadas.

“Esse sistema vai ser instalado junto ao cerco e vai reconhecer até 10 mil ações suspeitas. Se ele saca uma arma de fogo posso programa reconhece, por exemplo. Não precisa alguém ficar 24 horas monitorando uma câmera. O sistema dispara um alarme para a central”, explicou.

Há também pretensão de instalar o mesmo sistema de reconhecimento facial em Vitória. “Estamos estudando ainda. É uma possibilidade, como acontece com as placas hoje”, acrescentou.

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Ainda não existe uma previsão de quando o sistema vai começar a funcionar. “Já temos a infraestrutura. O que é estudado é a necessidade de mais equipamentos, uma rede de dados paralela, ou se podemos usar o que temos - mais de 200 câmeras além do cerco - e aperfeiçoar com mais inteligência”, detalhou o subsecretário.

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