O governo do Estado pretende contar com a ajuda do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea) para agilizar as obras no terminal de Itaparica, em Vila Velha. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), Paulo Ruy Carnelli, durante entrevista à Rádio CBN Vitória. O terminal está interditado desde sábado (21).
"Eu conversei com a presidente do Crea ontem (segunda). É uma organização importante, que defende a boa prática e os profissionais de Engenharia. Vou querer a ajuda para agilizar esse processo, solucionar o problema", afirmou Ruy Carnelli.
Ainda de acordo com o secretário, não é possível, neste momento, dar um prazo para o terminal de Itaparica voltar a funcionar.
"Vamos contratar diretamente a desmontagem, porque ela vai nos permitir depois, contratando mais toldos, alguma operação no terminal antes da obra definitiva. Não consigo precisar prazo, mas num prazo curto. Estamos todos empenhados em solucionar o problema o mais breve possível", garantiu.
A ideia é desmontar o telhado sem danificar as telhas, que serão reutilizadas depois. "A Ceturb já está buscando preços para fazer a desmontagem do detalhado. Terá que ser cautelosa para que a gente consiga preservar as telhas, que estão íntegras e tem mais de 20 metros. O material condenado também exige cuidado na desmontagem, porque pode ser alvo de perícia depois", justificou o secretário.
Ceturb já sabia de riscos
O anúncio de que o Terminal de Itaparica seria interditado por tempo indeterminado devido às más condições da estrutura que sustenta o local não foi totalmente uma novidade para a Ceturb. Em abril deste ano, a companhia contratou a empresa que elaborou o laudo apresentado na última sexta-feira (20) e, pelo menos desde essa época,
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Segundo o contrato da Ceturb com a empresa que emitiu o laudo, de 05 de abril deste ano, havia "o risco aos usuários e da preservação da saúde de todos que utilizam o Sistema Transcol", além da estrutura da cobertura apresentar avançado estágio de corrosão e trazer perigo.
Estado vai processar empresas
O Estado do Espírito Santo, por meio da Procuradoria Geral, informou que vai entrar na Justiça contra as duas empresas que foram responsáveis pela obra do terminal - uma delas fez o projeto e a outra executou a obra.
O Governo do Estado anunciou que vai pedir o ressarcimento do que for gasto para consertar toda a estrutura que está lá.
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