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Pais de Kauã e Thayná fazem passeata contra abuso infantil

Pais de Kauã e Thayná fazem passeata contra abuso infantil

A data foi escolhida por Clemilda de Jesus pela proximidade com o aniversário da filha, menina Thainá Andressa de Jesus Prado, que completaria 13 anos nesta segunda-feira (30).

Publicado em 29 de julho de 2018 às 14:28

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Passeata em memória de vítimas de abuso infantil teve presença da mãe de Thayná, assassinada em 2017. (Ricardo Medeiros)

Familiares de crianças que foram assassinadas e abusadas sexualmente no Espírito Santo fizeram uma passeata na manhã deste domingo (29) na Praia de Camburi, em Vitória.

A data foi escolhida pela proximidade com o aniversário da menina Thainá Andressa de Jesus Prado, que completaria 13 anos nesta segunda-feira (30). A caminhada reuniu cerca de 60 pessoas e seguiu do Clube dos Oficiais até o monumento em homenagem à menina Araceli Crespo, morta há 45 anos.

A mãe de Thainá, Clemilda Aparecida de Jesus, falou da dor da ausência da filha e pediu penas mais severas para casos de abusos contra menores.

"A gente que passou por essa monstruosidade na família sabe como é grande a dor. Viemos pedir punições mais exemplares com quem comete esse tipo de crime, contra crianças. Não queremos ver essas pessoas daqui a poucos dias fora da cadeia, podendo até cometer novos abusos", disse Clemilda.

Thayná desapareceu no bairro Universal, em Viana, no dia 17 de outubro. Ela foi vista pela última vez quando entrava em um carro após deixar um supermercado no bairro onde mora. Segundo investigações, o veículo pertence a Ademir Lúcio Ferreira de Araújo, de 52 anos, que foi preso.

Linhares

Rainy Butkovsky, pai de Kauã, de 6 anos, que foi abusado e morto junto com o irmão Joaquim, 3, em Linhares, também participou da caminhada e falou da importância das pessoas estarem atentas a mudanças de comportamento dos filhos e denunciar possíveis casos de abusos.

"Resolvemos unir forças com as famílias que estão sofrendo com o intuito de fazer uma campanha preventiva para que nenhuma criança seja mais abusada. Infelizmente nada vai trazer o meu filho de volta. Mas fazendo essa manifestação, a gente acha que pode ajudar a diminuir casos como o que vivemos", afirma.

Os dois irmãos foram mortos no dia 21 de abril deste ano, e as investigações da polícia apontaram que Kauã Salles, de 6 anos, e Joaquim Alves, de 3 anos, foram violentados sexualmente e depois assassinados por George Alves, que era pai de Joaquim e padrasto de Kauã. O pastor está preso desde o dia 28 de abril.

Um novo capítulo chocante do caso aconteceu no dia 20 de junho, quando Juliana Salles, mãe dos dois garotos, foi presa em Minas Gerais. A Justiça alegou que a pastora tinha conhecimento do risco que as crianças sofriam por estarem sozinhas com George Alves, o que caracteriza omissão por parte de Juliana.

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Com informações de Rafael Silva.

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