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Seis hospitais estaduais vão ser terceirizados até o fim do ano

Seis hospitais estaduais vão ser terceirizados até o fim do ano

A expectativa da Secretaria de Saúde do Estado é que todas as unidades da rede pública sejam administradas por organizações sociais

Publicado em 3 de julho de 2018 às 21:18

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O Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves é uma das unidades que tem a gestão terceirizada no Estado. (Fernando Madeira)

Seis hospitais estaduais vão ser terceirizados até o fim do ano. A informação foi confirmada pelo secretário de Saúde do Estado, Ricardo de Oliveira. No total, a rede pública estadual possui 19 unidades, sendo que quatro já são administradas por organizações sociais – entidades privadas sem fins lucrativos. A expectativa do governo estadual é que, futuramente, todas funcionem na mesma modalidade.

“Nós estamos terminando os projetos que são demorados, mas esse mês ainda pretendemos publicar os editais. Não posso dizer quais hospitais vão ser os próximos porque depende de qual projeto vai ser concluído primeiro”, explicou Ricardo.

Ainda de acordo com o secretário, a legislação para o setor público é muito burocrática e impede uma solução rápida para determinados problemas em um hospital.

“A gestão do hospital é fundamental na tomada de decisão rápida. Se uma máquina quebra, ela deve ser consertada na hora. Se hoje quebra, eu abro um processo licitatório e aí ficam seis meses de briga com fornecedores. Temos vários problemas desse tipo na rede própria por causa da burocracia que impede uma solução rápida.”

O secretário ainda exemplifica a vantagem da iniciativa quando há a necessidade de contratar um profissional. “Se precisa de um enfermeiro, contrata um. Precisa de médico, contrata um. No setor público é preciso fazer um concurso público. É muito demorado.”

Ricardo reforçou que a transferência da administração de um hospital é permitida por lei. Segundo ele, a entidade que passa a assumir a gestão da unidade não entra e não sai com nenhum dinheiro. “O patrimônio é público e todo recurso é acompanhado e monitorado. Ajuda porque dá mais agilidade no processo de gestão, é mais eficiente. O que eles ganham com isso do ponto de vista do lucro? nada. E se a entidade não cumpre com as metas, tiramos e colocamos outra como já fizemos várias vezes”, finalizou.

HOSPITAIS JÁ TERCEIRIZADOS

Hospital Central (Vitória)

Foi o primeiro do Estado a receber o novo modelo de gestão. Desde dezembro de 2011, a Associação Congregação de Santa Catarina está à frente da unidade.

Hospital São Lucas (Vitória)

O Instituto Americano de Pesquisa, Medicina e Saúde Pública assumiu a gestão em 2014. No fim de 2015, o contrato foi rescindido. Depois disso, a Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar (Pró-Saúde) assumiu a gestão da unidade.

Hospital Jayme Santos Neves (Serra)

Associação Evangélica Beneficente Espírito Santense (Aebes) assumiu a gestão em fevereiro de 2013 assim que a obra do hospital foi entregue.

Hospital Infantil de Vila Velha (Himaba)

Desde outubro do ano passado, o Instituto de Gestão e Humanização (IGH) assumiu a gerência do local.

Fonte: Sindsaúde-ES

PA DO TREVO VAI SER TERCEIRIZADO

Conforme o Gazeta Online divulgou ontem, com exclusividade, a administração do Pronto-Atendimento (PA) do Trevo de Alto Lage, em Cariacica, vai ser terceirizada. Com a abertura de uma chamada pública, uma OS vai ser escolhida para assumir a gerência da unidade. O valor máximo anual repassado para a empresa vai ser de R$ 29.703.419,76, correspondente ao que foi gasto com o local em 2017.

O PA do Trevo é constante alvo de reclamações de moradores que buscam atendimento. Na tarde do último sábado, por exemplo, pais que levaram os filhos até lá deram de cara com as portas fechadas. Em resposta a isso, a prefeitura disse que uma pediatra faltou ao plantão por motivos pessoais e que outra estava atendendo às crianças que tinham chegado mais cedo.

Visando a melhora do serviço do PA, o secretário municipal de Gestão e Planejamento, Rodrigo Magnago, explicou que a decisão de mudar a administração foi tomada depois de estudos da prefeitura. “Fizemos um estudo aprofundado como é feita a execução do serviço hoje e de como vai ser posteriormente e optamos pelo Contrato de Gestão.”

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O valor de repasse de quase R$ 30 milhões, segundo o secretário, inclui todos os serviços do PA como portaria, lavanderia, energia, água, telefone, ambulância, manutenção predial, equipamento hospitalar, limpeza, folha de pagamento, medicamentos, serviços laboratoriais, entre outros.

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