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Vandalismo custa R$ 755 mil por ano na Grande Vitória

Vandalismo custa R$ 755 mil por ano na Grande Vitória

Grande Vitória tem prejuízo com depredações e pichações

Publicado em 31 de julho de 2018 às 02:39

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Escultura de globo que fica na Praça do Papa, em Vitória, foi pichada. (Marcelo Prest)

Ela está por todo lado, aparece da noite para o dia e tira um dinheirão dos cofres públicos. A depredação do patrimônio custa aos municípios da Grande Vitória cerca de R$ 755 mil por ano. A verba, que poderia ser utilizada para outros fins, acaba sendo gasta na limpeza de estátuas e monumentos pichados, reposição de lixeiras depredadas e manutenção de bancos e pontos de ônibus quebrados.

Na segunda-feira (30), quem passou pela Praça do Papa, em Vitória, não pôde deixar de notar a pichação no globo que fica no centro do local. A prefeitura da Capital, por meio de nota, informou que não tem como estimar quanto será gasto para a recuperação deste monumento específico, mas disse que a administração desembolsa, por ano, cerca de R$ 225 mil para fazer reparos após atos de vandalismo.

Além da limpeza de monumentos pichados, o dinheiro é gasto com reposição de lixeiras. Todo mês, 40 lixeiras quebradas são substituídas na Capital.

Outro exemplo de depredação é o que foi feito com o obelisco em homenagem ao português Vasco Fernandes Coutinho, que fica em uma rotatória na Praia do Canto. O monumento teve as placas arrancadas.

Obelisco em homenagem a Vasco Fernandes Coutinho, na Praia do Canto, teve placas arrancadas. (Vitor Jubini)

Conforme o Código Penal, a destruição do patrimônio público é crime e gera processo judicial. Como é considerado de menor potencial ofensivo, o agressor não vai preso.

CENTRO

 

O Centro de Vitória também sofre com a falta de respeito ao patrimônio público. Segundo Everton Brito Martins, presidente da associação dos moradores da região, os bustos, estátuas e prédios históricos são os principais alvos.

“É uma situação que chateia muito os moradores porque são personalidades históricas que foram homenageadas por um trabalho relevante. Tudo que está no espaço público pertence a todos. Quando está tudo feio ou quebrado, ninguém aproveita”, relata.

PRAÇAS E PLACAS

Na Serra, é a manutenção de praças e parques que custa mais aos cofres públicos. “Os parquinhos são muito vandalizados. Sobra até para as plantas, que são destruídas ou roubadas, e a gente tem que repor. Tem local que reformamos todo ano mas, pouco depois, já está tudo quebrado. Dá até desânimo de ver”, relata Moisés Svensson, diretor de Limpeza Pública da Serra.

A prefeitura ainda gasta cerca de R$ 7 mil por mês substituindo tampas de bueiro roubadas ou quebradas intencionalmente.

O alvo em Vila Velha são as placas de trânsito, que estão sendo quebradas e até roubadas. O secretário municipal de Defesa Social e Trânsito, coronel Oberacy Emmerich, diz não entender a motivação. “Tem gente que carrega placa de trânsito para usar de decoração em casa. É até difícil acreditar”, diz. O município gasta mais de R$ 92 mil por ano repondo as placas e fazendo outros reparos.

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Em Cariacica, segundo a prefeitura, “equipamentos de ginástica e brinquedos de praças, placas de sinalização, papeletas, caixas coletoras são os alvos constantes dessas ações criminosas”.

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