A empresa vencedora para a construção da barragem do Rio Jucu, entre Viana e Domingos Martins, foi a Serveng Civilsan S A Empresas Associadas de Engenharia. O valor do lance vencedor foi de R$ 96.499.000 milhões. A contratação será para elaboração de projetos básicos e executivos, obras, serviços, operação e manutenção da barragem.
Sete empresas participaram da disputa da licitação, que ocorreu nesta terça-feira (21). Duas delas foram desclassificadas após apresentarem propostas com valor abaixo do necessário para a execução do serviço.
O valor oferecido pela empresa vencedora é próximo ao estimado pelo governo do Estado, de aproximadamente R$ 100 milhões. Do valor a ser pago, R$ 59 milhões são de verba federal, e o restante de verba estadual.
O presidente da Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), Amadeu Wetler, explicou que o processo licitatório não acabou e passa para a fase de análise de documentos da empresa. Caso esteja tudo correto e nenhuma outra empresa, que participou do processo, entre com recurso, o contrato deve ser assinado até setembro.
Após a assinatura, a empresa terá 30 meses para realizar o projeto e obra. A estimativa é que fique pronta em 2021. Ela terá capacidade para armazenar 23 bilhões de litros de água e vai atender 1,2 milhões de moradores de Vila Velha, da Ilha de Vitória, de Cariacica e de parte de Viana. A obra é importante para a segurança hídrica e que requer urgência em sua execução, disse.
PROBLEMAS
Devido à construção, produtores rurais e moradores de Viana e Domingos Martins teriam que deixar 70 propriedades. Eles estão sendo forçados pela Justiça a sair de suas terras, mas reclamaram do baixo valor oferecido nas desapropriações pela Cesan.
Para parte dos proprietários, foram oferecidos menos de R$ 2,00 pelo metro quadrado. Eles afirmam que o valor de mercado varia entre R$ 10,00 e R$ 15,00. Muitos casos estão sendo resolvidos na Justiça.
Alguns dos afetados são os proprietários rurais do distrito de Córrego da Onça, em Viana, região onde se pretende formar o lago da represa. Muitos não deixaram suas terras, é difícil achar propriedade pelo preço ofertado, relatou o piscicultor Julio César Velten, 48.
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