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Casal do ES abre casa para adoção de oito filhos e aguarda por mais

Casal do ES abre casa para adoção de oito filhos e aguarda por mais

A mãe, Andreia, ainda tem dois filhos biológicos que completam a casa

Publicado em 10 de agosto de 2018 às 19:08

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Casal pretende adotar mais filhos em breve. (Marcelo Prest)

Há cerca de nove anos, a vendedora Andreia Silva Santos, de 39 anos, não imaginava fazer uma adoção tardia, quando começou a realizar trabalhos voluntários em abrigos e encontrou o Iohan, que já está com 16 anos. De lá para cá, o número de chinelos na porta de casa e a quantidade de quartos só aumentam e já são oito filhos adotivos e dois biológicos. E ela tem pretensão de adotar ainda mais.

Casal de Vitória sabre a cada a adoção de oito filhos e aguardam por mais

Andreia teve o apoio do marido, o motorista Edvaldo Barros de Oliveira, de 38 anos. Mesmo simples, na casa no Bairro Universitário, em Vitória, não falta nada. Por lá tudo foi adaptado: tem quarto conjunto, beliche para todo mundo e muitos brinquedos também.

Pouco tempo depois de acolher Iohan em casa, o casal adotou três irmãos de uma só vez: Natália, de 16 anos, Lucas, de 12 anos, e Gabriel, de 9 anos. Nem um ano depois veio mais três filhos, também irmãos: Júlia, de 14 anos, Thiago, de 12 anos, e os irmão gêmeos Vitor e Vinícius, de 10 anos.

Antes de casar com Edvaldo, Andreia já tinha dois filhos, que ainda moram com o casal: Bruno, de 22 anos, e Breno, de 19, que já trabalham. Por ter tido uma doença na gravidez com o último filho, a vendedora ficou com medo e procurou a adoção.

“A gente não pensava em adotar. Uma vez que chegamos a comentar, queríamos um bebê. Mas fomos fazer um voluntariado em uma abrigo e conhecemos o Iohan. Foi como se fosse meu filho. Entramos com pedido e conseguimos. Depois foi surgindo: apareceu 3 e depois quatro. Foi uma galera surgindo”, explicou.

Edvaldo lembra que ficou com receio no início, por ter medo de não ter condições de cuidar das crianças. “A gente fica preocupado no início, mas eu apoiei depois. A gente tem uma responsabilidade como pai. “Será que vamos conseguir dar algo melhor?” Eu pensava. Mas Deus sempre vinha com a provisão, aí a gente tem que aceitar”, declarou.

O primeiro dos adotivos, Iohan, acredita que é normal estar em uma família diferente e com tantos irmãos assim. “No início foi estranho sair da minha família, mas eles me receberam com amor e carinho e tenho muito respeito e amor. Amo minha mãe demais. É como se tivesse nascido nessa família, vejo isso de forma normal hoje”, disse.

ORGANIZAÇÃO IMPECÁVEL 

Dentro da casa, Andreia garante que tudo é bem regrado. No quarto, todos os brinquedos ficam enfileirados e as camas arrumadinhas. Nem parece que tem tanta criança. No momento da entrevista à reportagem, todas elas ficam quietinhas, apenas observando. E a mãe garante que todo mundo tem muito respeito e ninguém é de brigar.

“Eu não aceito briga aqui em casa. Se tem um problema, fala com a mãe e com o pai. Eles não são de brigar. Só discutem por uma coisa e outra, mas brigar não. Família não é para brigar, é para cuidar um do outro”, ponderou.

Toda a casa foi mobiliada e construída pelos próprios pais, com pouca ajuda de alguns amigos e os filhos mais velhos que trabalham. Hoje são três andares, sendo que os filhos mais velhos moram em quartos separados. “Quando é para comprar roupa, vou para fora, porque só dá para comprar em atacado”, explicou a mãe.

De manhã, Andreia e Edvaldo estão em casa, enquanto a criançada estuda em escolas e creches da região. Eles preparam o almoço e a casa.

DIA DOS PAIS COM MAIS ABRAÇOS

Em dia dos pais o que não falta é carinho, segundo Edvaldo. “Cada data comemorativa é uma festa. Os convidados já estão aqui, só falta mesmo a data. É melhor ainda o Dia dos Pais assim. Mais abraço e mais carinho”, acrescentou. 

ASSISTA AO VÍDEO:

Segundo Andreia, a responsabilidade de ser mãe de filhos adotivos é muito grande e chega a ser maior do que dos filhos biológicos. Mas amor ela garante que tem para todo mundo.

“A gente ama demais. Eu amo todos eles. Mas parece que o filho adotivo você tem uma responsabilidade maior. Eu acho que só basta ser mãe. Não precisa de receita não, Deus já dá o dom. Amar é tão bom. Eles não nasceram de mim, mas nasceram para mim”, acrescentou.

Se vai vir mais filhos? Andreia garante que mais alguns estão a caminho, mas ainda não tem como dizer que serão os últimos. “Eu sempre falei do primeiro que não adotaria mais nenhum (risos). Eu não posso falar que não, vai depender de Deus”, finalizou.

Já Edvaldo acredita que muitos pais escolhem muito no momento da adoção, sendo que muitas crianças estão aguardando nos abrigos e não conseguem um lar.

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“Às vezes as pessoas querem escolher muito e a gente não sabe, mesmo sendo bebê, como vai ser quando tiver adolescente ou adulto. É só cuidar com carinho. Eles vieram para cá todos grandes. Só dois vieram pequenos. O cuidado é o mesmo. E é impressionante. Eles chegam aqui e já chamam a gente de pai”, relatou.

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