Um helicóptero da Polícia Militar bateu em uma pedra e na sequência explodiu no distrito de Barbados, no Espírito Santo, por volta das 3h20 do dia 15 de abril de 2007, com seis pessoas a bordo, sendo dois militares, três médicos-residentes e uma enfermeira. Todas as pessoas morreram. Uma falha mecânica causou o acidente. Testemunhas viram o helicóptero soltando fumaça e voando baixo. A tripulação fazia o transporte de órgãos que seriam utilizados em transplantes em Vitória. Na época, o governador Paulo Hartung decretou luto oficial de três dias. A tragédia teve repercussão nacional e comoveu a todos.
As vítimas foram os médicos Emanuel da Silva Vieira Júnior, Juliano Almeida do Valle e Eugênio Ferraz; a técnica em enfermagem Marly de Almeida Marcelino; e os tripulantes Eduardo Ponzo Peres, investigador da Polícia Civil, que pilotava o helicóptero, e o co-piloto Álvaro Jorge Silva de Carvalho, capitão da PM do estado de Sergipe, que estava no ES participando de um intercâmbio entre as polícias.
O helicóptero saiu da capital capixaba na noite do dia 14 de abril, um domingo, às 22h40, com destino a Colatina, onde chegou a fazer uma captação de córneas e rins para transplantes, no Hospital Santa Maria. Por volta de 3h30 da madrugada do dia 15, minutos após decolar do estádio Justiniano de Mello e Silva, em Colatina, a aeronave caiu em Barbados. A região onde ocorreu a queda do helicóptero era de difícil acesso e com muito mato. A queda aconteceu a 250 metros da área urbana.
Os corpos foram resgatados por um outro helicóptero da Polícia Militar e tiveram que ser içados devido à dificuldade de acesso ao local do acidente. Depois de retirados, foram levados para o Instituto Médico-Legal de Vitória.
Na época, questionado, o governo capixaba informou que o helicóptero, que havia sido comprado em 1986, tinha passado por revisão em fevereiro do mesmo ano.
FAMÍLIAS INDENIZADAS EM 2017
Os familiares do médico Juliano Almeida do Valle e da técnica de enfermagem Marly de Almeira foram indenizados pelo Governo do Estado em outubro de 2017. Cada um deles recebeu um total de R$ 60 mil por danos morais, por decisão da juíza Heloísa Cariello, da 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual, Municipal, Registros Públicos, Meio Ambiente e Saúde de Vitória.
Os dois profissionais atuavam no Hospital Universitário Antônio de Moraes (Hucam). Foram indenizados, em um processo que se arrastou por dez anos, o pai e dois irmãos do médico. No segundo processo, o viúvo e três filhos da técnica de enfermagem.
A COBERTURA NA ÉPOCA
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