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Empresários alertam sobre risco de paralisação das obras na BR 262

Empresários alertam sobre risco de paralisação das obras na BR 262

Findes destaca falta de dinheiro no orçamento de 2019, mas Dnit garante que terá recursos

Publicado em 22 de agosto de 2018 às 00:46

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Canteiro de obras da duplicação da BR 262 em Marechal Floriano: Dnit diz que tem R$ 86 milhões garantidos. (Carlos Alberto Silva)

 

Por falta de recursos federais, as obras de duplicação da BR 262 podem ser paralisadas, já em 2019. O alerta foi feito pelo Conselho Temático de Infraestrutura e Energia (Coinfra) da Federação das Indústrias do Estado (Findes) com base na ausência de informações sobre a destinação de verbas para a obra no próximo ano. Mas o Departamento Nacional de Transporte e Infraestrutura (Dnit) garante que isto não irá acontecer.

O presidente do Coinfra, Wilmar Barroso, destacou que a preocupação decorre do fato de que viabilizar recursos, em qualquer área, num momento de crise, tem sido difícil para todos. “Nosso alerta é para que a obra não sofra com a falta de continuidade. Trata-se de uma rodovia muito importante para Estado no escoamento da produção agropecuária, além de grande tráfego de turistas que por ela transitam”, ponderou

Segundo nota técnica do Coinfra, a duplicação da BR 262, no próximo ano, dependerá que seja disponibilizado no orçamento da União um valor de R$ 150 milhões, conforme antecipou a coluna da jornalista Beatriz Seixas, no último domingo. Recurso necessário para viabilizar a segunda etapa da obra, um trecho de 15 quilômetros.

Por hora está sendo executada a primeira etapa, de sete quilômetros que teve sua conclusão adiada do final deste ano para 2019, segundo informações do Dnit, em decorrência do período de chuvas. O custo de toda a obra é de R$ 510 milhões, em valores de 2014, quando o contrato foi assinado.

A bancada federal capixaba foi mobilizada pelos empresários. Segundo o deputado federal Marcus Vicente, uma das alternativas para garantir a obra seria a chamada emenda impositiva, por parte da bancada, que tem direito a aplicar até R$ 168 milhões no ano. “Temos direito a até duas destas emendas por ano, e poderíamos aplicar este valor na duplicação da BR 262”, explicou o parlamentar, que pretende conversar com os demais membros da bancada.

GARANTIDA

O Dnit garante, no entanto, que não há motivos para alarde. Por nota o órgão informou que para a primeira etapa foram empenhados R$ 86 milhões. Para a segunda etapa adiantou que os projetos básico e geométrico dos novos 15 quilômetros já foram aprovados.

Quanto aos recursos, informa que a paralisação da obra não deve ocorrer pois existe previsão orçamentária para a sua continuidade para todo o próximo ano. “Em março de 2019, quando da elaboração da proposta orçamentária para 2020, serão solicitados os recursos financeiros para os demais anos e, assim, sucessivamente, como é de praxe em todos os anos para todas as obras a serem realizados pela Superintendência”, acrescenta o texto.

O departamento informou ainda que não se disponibiliza o total do valor da obra em seu início, “pois o dinheiro parado seria desvalorizado ao longo do tempo de execução da obra. Por isso, os orçamentos são liberados anualmente”, diz a nota.

BR 259: CONCLUSÃO ADIADA EM 90 DIAS

A conclusão das obras na BR 259, que liga Colatina a Baixo Guandu, vai ser adiada novamente, de acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O prazo, que antes terminava neste mês, foi estendido para novembro deste ano.

O Dnit não explicou os motivos do atraso, com o argumento de que a previsão está dentro do prazo de vigência contratual.

No dia 6 de fevereiro deste ano, pedras rolaram na pista e comprometeram o trânsito de veículos no local. A área ficou totalmente bloqueada por semanas, porque havia risco de outras pedras caírem. Um mês após o incidente, as obras foram iniciadas.

De acordo com o Dnit, os serviços que estão sendo realizados no local são de contenção de encosta. Para a conclusão, ainda é necessário o término dos serviços de construção dos contrafortes (reforço nos muros), dispositivos de drenagem, colocação de tela e concretagem.

No local ainda há interdições, no sistema pare e siga em horários programados para garantir a segurança e execução das obras. A obra custará cerca de R$ 6 milhões, como previsto no projeto inicial.

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