Por falta de recursos federais, as obras de duplicação da BR 262 podem ser paralisadas, já em 2019. O alerta foi feito pelo Conselho Temático de Infraestrutura e Energia (Coinfra) da Federação das Indústrias do Estado (Findes) com base na ausência de informações sobre a destinação de verbas para a obra no próximo ano. Mas o Departamento Nacional de Transporte e Infraestrutura (Dnit) garante que isto não irá acontecer.
O presidente do Coinfra, Wilmar Barroso, destacou que a preocupação decorre do fato de que viabilizar recursos, em qualquer área, num momento de crise, tem sido difícil para todos. Nosso alerta é para que a obra não sofra com a falta de continuidade. Trata-se de uma rodovia muito importante para Estado no escoamento da produção agropecuária, além de grande tráfego de turistas que por ela transitam, ponderou
Segundo nota técnica do Coinfra, a duplicação da BR 262, no próximo ano, dependerá que seja disponibilizado no orçamento da União um valor de R$ 150 milhões, conforme antecipou a coluna da jornalista Beatriz Seixas, no último domingo. Recurso necessário para viabilizar a segunda etapa da obra, um trecho de 15 quilômetros.
Por hora está sendo executada a primeira etapa, de sete quilômetros que teve sua conclusão adiada do final deste ano para 2019, segundo informações do Dnit, em decorrência do período de chuvas. O custo de toda a obra é de R$ 510 milhões, em valores de 2014, quando o contrato foi assinado.
A bancada federal capixaba foi mobilizada pelos empresários. Segundo o deputado federal Marcus Vicente, uma das alternativas para garantir a obra seria a chamada emenda impositiva, por parte da bancada, que tem direito a aplicar até R$ 168 milhões no ano. Temos direito a até duas destas emendas por ano, e poderíamos aplicar este valor na duplicação da BR 262, explicou o parlamentar, que pretende conversar com os demais membros da bancada.
GARANTIDA
O Dnit garante, no entanto, que não há motivos para alarde. Por nota o órgão informou que para a primeira etapa foram empenhados R$ 86 milhões. Para a segunda etapa adiantou que os projetos básico e geométrico dos novos 15 quilômetros já foram aprovados.
Quanto aos recursos, informa que a paralisação da obra não deve ocorrer pois existe previsão orçamentária para a sua continuidade para todo o próximo ano. Em março de 2019, quando da elaboração da proposta orçamentária para 2020, serão solicitados os recursos financeiros para os demais anos e, assim, sucessivamente, como é de praxe em todos os anos para todas as obras a serem realizados pela Superintendência, acrescenta o texto.
O departamento informou ainda que não se disponibiliza o total do valor da obra em seu início, pois o dinheiro parado seria desvalorizado ao longo do tempo de execução da obra. Por isso, os orçamentos são liberados anualmente, diz a nota.
BR 259: CONCLUSÃO ADIADA EM 90 DIAS
A conclusão das obras na BR 259, que liga Colatina a Baixo Guandu, vai ser adiada novamente, de acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O prazo, que antes terminava neste mês, foi estendido para novembro deste ano.
O Dnit não explicou os motivos do atraso, com o argumento de que a previsão está dentro do prazo de vigência contratual.
No dia 6 de fevereiro deste ano, pedras rolaram na pista e comprometeram o trânsito de veículos no local. A área ficou totalmente bloqueada por semanas, porque havia risco de outras pedras caírem. Um mês após o incidente, as obras foram iniciadas.
De acordo com o Dnit, os serviços que estão sendo realizados no local são de contenção de encosta. Para a conclusão, ainda é necessário o término dos serviços de construção dos contrafortes (reforço nos muros), dispositivos de drenagem, colocação de tela e concretagem.
No local ainda há interdições, no sistema pare e siga em horários programados para garantir a segurança e execução das obras. A obra custará cerca de R$ 6 milhões, como previsto no projeto inicial.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta