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Estado alerta cidades para casos suspeitos da malária

Estado alerta cidades para casos suspeitos da malária

Pacientes que tenham sintomas e que estiveram em região com surto devem fazer teste

Publicado em 10 de agosto de 2018 às 01:58

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(Reprodução | Rede Amazônica)

A Secretaria de Estado da Saude (Sesa) emitiu na quinta-feira (09) um alerta aos serviços de saúde de todo o Espírito Santo para que fiquem atentos a pacientes com sintomas que possam indicar malária, como febre alta e fraqueza.

Nesses casos, o profissional de saúde deverá perguntar ao paciente se ele esteve no município de Vila Pavão recentemente (ou em alguma área de transmissão da doença) ou se entrou em contato com alguém que mora ou que esteve na localidade. Deve ser feito o teste da doença nessas pessoas. Para a população geral, a orientação da secretaria é buscar atendimento imediatamente se começar a apresentar um destes sintomas.

“A contenção do surto está sendo bem feita, o que nos preocupa é a dispersão para os municípios vizinhos, porque eles são vulneráveis”, explicou o infectologista Aloísio Falquetto. O médico participou, junto com outros especialistas em malária, de um encontro com o secretário estadual de Saúde, Ricardo de Oliveira, na noite da última quarta-feira.

Um estudo feito pela pesquisadora Viviane Coutinho Meneguzzi, da Ufes, mostrou que o mosquito Anopheles darlingi, responsável por transmitir a malária do tipo mais grave, é normalmente encontrado em várias localidades ao norte do Rio Doce e no litoral capixaba (veja infográfico ao lado). “A malária grave foi erradicada no Estado em 1980, mas o mosquito continua aí. É impossível acabar com o inseto porque ele é nativo das áreas rurais planas e de clima quente”, explica Falquetto, que orientou a pesquisa.

O especialista ressalta ainda que o inseto não vive em áreas urbanas. “Ter o mosquito, não significa que há a doença. Significa que a área é receptiva e que pode haver transmissão se alguém já contaminado for para lá e a pessoa não for diagnosticada a tempo”, explica o médico.

Segundo o secretário de Saúde, o alerta é normal e faz parte da estratégia de combate ao surto. “Não há motivo para pânico porque o surto até o momento está restrito a uma área da zona rural de Vila Pavão.”

Ele garante que não há malária do tipo grave em outro locais. “Desde que começamos o trabalho em Vila Pavão, não tivemos mais casos graves nem mortes. Hoje, não há nenhum risco de o surto sair de lá”, concluiu.

Criança com sintomas da doença em Vila Velha

Uma criança está sendo monitorada pela Prefeitura de Vila Velha com suspeita de malária. A menina, que é de Vila Pavão, na região Noroeste do Espírito Santo – onde há o surto da doença – chegou ao município há cerca de quatro dias com a família para passear.

Segundo a Vigilância Epidemiológica de Vila Velha, ela esteve em um posto de saúde com sintomas como febre e, por isso, foi considerada a possibilidade de malária.

Ainda de acordo com a administração municipal, um primeiro teste foi feito na menina, que deu negativo. Um segundo exame foi realizado ontem. Até o fechamento desta reportagem, no entanto, a prefeitura de Vila Velha ainda não havia informado o resultado. Se der negativo novamente, a suspeita será descartada.

A criança não está hospitalizada. Ela é cuidada por parentes no bairro Ulisses Guimarães. Segundo a vigilância, a menina não tem ligação com Tereza Bela da Silva, de 82 anos que teve o diagnóstico de malária confirmado na última semana. A idosa também é de Vila Pavão e está em Riviera da Barra.

 

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