O grupo de famílias que estava vivendo em uma calçada no bairro Novo Horizonte, na Serra, desde a noite do dia 9 de agosto, deixou o local, uma semana depois, nesta quinta-feira (16). Cerca de 40 pessoas estavam vivendo debaixo de marquises após serem retiradas de um terreno onde estavam ocupando.
Após a desocupação, algumas famílias conseguiram abrigo em igrejas e casas de parentes, mas outras tiveram que ficar na rua durante uma semana. Elaine Dias, 33 anos, era uma das pessoas que estava morando na calçada. Ela contou que, por meio de um auxílio emergencial de moradia, benefício disponibilizado pela prefeitura, as famílias conseguiram alugar casas.
Eu dormi a melhor noite da minha vida de ontem para hoje, disse Elaine, à reportagem do Gazeta Online, após conseguir uma moradia. Segundo ela, às 13h desta quinta-feira (16) não tinha mais ninguém na calçada.
O terreno de onde as famílias foram retiradas, que também fica localizado em Novo Horizonte, na Serra, pertence à Prefeitura da Serra. A desocupação aconteceu porque a área é considerada de proteção ambiental. Os 32 barracos onde as famílias moravam foram destruídos.
A desocupação foi feita em duas partes. Na última segunda-feira (6), a primeira parte do grupo foi retirada do terreno e organizou um protesto na Avenida Brasil, que é a principal de Novo Horizonte. Um novo protesto voltou a acontecer na avenida, na manhã de sexta-feira (10), após o segundo grupo ter sido despejado na quinta-feira (9).
Secretaria Municipal de Assistência Social
A Secretaria Municipal de Assistência Social da Serra informou que, desde o princípio da desocupação, acompanhou as famílias e fez um cadastro sócio econômico para identificar quais delas atendiam os critérios para receber o benefício de auxílio emergencial de moradia.
As famílias receberam um documento que diz que a prefeitura se responsabiliza a pagar o aluguel ao proprietário das casas alugadas por elas. O valor do benefício é de R$ 360,00 e vale por seis meses, podendo ser prorrogado por mais seis meses. A prefeitura deposita o dinheiro na conta criada para o beneficiário e ele é o responsável por realizar o pagamento ao dono do imóvel.
Vídeo mostra calçada desocupada
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