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Justiça condena motorista que atropelou e matou idosa em Vila Velha

Justiça condena motorista que atropelou e matou idosa em Vila Velha

Leny Wanick Mattos, de 83 anos, foi atropelada na calçada e morreu na hora. Aposentado envolvido no acidente tinha sido inocentado no ano passado

Publicado em 30 de agosto de 2018 às 14:17

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Leny Wanick Mattos, de 83 anos, foi atropelada na calçada em 2015. (Reprodução)

Um ano depois de ser absolvido, o aposentado Messias Alves Moco foi condenado, na semana passada, pela morte da idosa Leny Wanick Mattos, de 83 anos. Moco era um dos motoristas envolvidos no acidente, ocorrido em março de 2015, que terminou com o atropelamento e morte da idosa no Centro de Vila Velha. Agora considerado culpado, o aposentado terá que prestar serviços comunitários por 2 anos e 8 meses, e terá a carteira de motorista suspensa por um ano. 

Após recurso, a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) entendeu que ficou comprovada a culpa de Moco por imprudência. "Avançou o semáforo quando este se encontrava fechado (vermelho) para sua mão de direção, sendo causa determinante do acidente por seu veículo que, após colidir com outro automóvel, desgovernado invadiu a calçada e atropelou a vítima, que veio a falecer no local", diz a decisão da Justiça.

Para o advogado e neto da vítima, Victor Wanick, de 37 anos, a Justiça corrigiu um erro. A notícia da nova sentença foi recebida com alívio pela família.

"A gente entrou com recurso de apelação da sentença e, por unanimidade, reconheceram que a sentença foi equivocada, viram que ele de fato foi culpado pelo acidente. É um alívio saber que existe justiça. Essa sentença trouxe um conforto, não traz ela de volta, mas pelo menos a gente fica confortável de que foi feita justiça, foi identificado um autor. A gente nunca deixou de acreditar na Justiça, identificamos que foi um equivoco da magistrada, recorremos ao tribunal e tínhamos certeza de que ia reverter isso", afirma.

INOCENTADO EM 2017

Em agosto do ano passado, apesar de um laudo pericial da Polícia Civil apontar que o sinal estava vermelho para Messias, a juíza Paula Cheim Jorge D’Ávila Couto achou que as provas não eram suficientes para condenar Messias Alves Moco. Após a análise de todo o conjunto de provas, a juíza entendeu que não ficou claro que Messias tenha sido o motorista que avançou o semáforo vermelho, e por consequência, o causador do acidente. “Havendo dúvidas quanto a isto, não resta opção diferente da absolvição do acusado”, afirmou a magistrada, na primeira sentença.

Toyota Corolla na Avenida Jerônimo Monteiro após acidente que matou idosa. (Bernardo Coutinho)

DEFESA VAI RECORRER

Procurada pela reportagem do Gazeta Online, a advogada de Moco, Roseleide Campos de Miranda, afirmou que vai entrar com um novo recurso para recorrer da nova decisão da Justiça.

"Vai ser protocolizado recurso. A revisão da decisão se baseou apenas num laudo, e não pode condenar uma pessoa apenas com base nisso. Ele não deu causa o acidente", defendeu.

RELEMBRE O ACIDENTE

Leny Wanick Mattos, de 83 anos, foi atropelada em cima da calçada, na Avenida Jerônimo Monteiro, no Centro de Vila Velha, na manhã do dia 17 de março de 2015. A idosa foi atingida depois de uma colisão entre um Citroen C3, dirigido por João Batista da Costa, e o Corolla de Messias Alves Moco. Com a batida, o Corolla subiu na calçada e atropelou Leny, que morreu na hora. O corpo de Leny ainda foi arrastado pelo carro e caiu na lateral da pista da Jerônimo Monteiro.

Leny era irmã de Lélia Wanick, mulher do famoso fotógrafo Sebastião Salgado.

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