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Malária: Cariacica investiga caso suspeito da doença

Malária: Cariacica investiga caso suspeito da doença

No Espírito Santo, já são 117 casos registrados da doença desde o início de agosto

Publicado em 13 de agosto de 2018 às 16:41

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A Prefeitura de Cariacica informou nesta segunda-feira (13), que investiga a suspeita de um aso de malária no município. No Espírito Santo, já são 117 casos registrados da doença desde o início de agosto. A cidade com maior número de registros é Vila Pavão, no Noroeste do Estado, com 95 casos. 

Segundo a Vigilância Epidemiológica, o último caso confirmado de malária em Cariacica foi detectado em janeiro de 2018, por um paciente que esteve na região de Aracruz, provável local de infecção. A prefeitura afirma que diariamente os agentes de saúde têm orientado aos moradores sobre os riscos e como prevenir a doença.

Mosquito é o transmissorda malária. (Reprodução/Internet)

"No momento, as medidas de prevenção estão sendo realizadas através de orientações à população sobre a doença. Além disso, agentes da Coordenação de Vigilância Ambiental realizam diariamente visitas domiciliares, abordagem educativa, visita in loco, fumacê, bloqueio nos locais com índice de infestação de mosquitos acima do preconizado pelo Ministério da Saúde", diz a nota enviada pela prefeitura.

VILA VELHA

Na Grande Vitória, Vila Velha já teve um caso da doença confirmado - de uma senhora de 82 anos, e inda investiga a possível contaminação de uma criança. Nos dois casos, a doença foi contraída em Vila Pavão, na região Noroeste do Espírito Santo, onde há o surto da doença.

VITÓRIA

Na capital, nenhum caso da doença foi registrado. "A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) informa que não existem casos de malária em Vitória. A Semus acrescenta que equipes da Vigilância Epidemiológica do município fazem contato diário com hospitais e unidades de monitoramento para orientação aos profissionais sobre prevenção e tratamento", diz nota encaminhada pela prefeitura.

VIANA

"A Secretaria de Saúde de Viana informa que não há nenhum caso notificado no município. Como prevenção, as agentes de endemias da Vigilância em Saúde percorrem as áreas rurais do município onde são feitas buscas de sinais e sintomas da doença. Nos casos suspeitos, o exame para identificação é realizado na hora e as devidas providências são tomadas. Com os demais funcionários de Saúde, o município tem promovido sensibilização referente à situação epidemiológica do Estado", informou a prefeitura.

SERRA

A prefeitura da Serra informou que apenas uma caso foi confirmado no município este ano, em janeiro. "Houve apenas um caso confirmado e para a forma branda da doença (vivax). Trata-se de um caso importado, ou seja, a pessoa se infectou fora do território da Serra", informou o município.

"Foram reforçados junto às unidades de saúde da Serra os procedimentos para pacientes com sintomas de malária e a necessidade de notificação imediata à Vigilância Epidemiológica. Além do reforço na orientação às unidades de saúde sobre sinais e sintomas da doença, também foram realizadas capacitações técnicas para a realização do teste de malária em hospitais, sendo que a prefeitura também conta com técnicos capacitados. Caso haja casos suspeitos, é feito bloqueio do vetor (mosquito) para impedir a transmissão. Nos finais de semana, há plantão para o caso de notificações, e, se for o caso, o município dispõe de remédios para o tratamento da doença", diz a nota encaminhada pela prefeitura.

TIRA-DÚVIDAS DA DOENÇA

Como a malária grave é transmitida?

As pessoas pegam malária pela picada do mosquito Anopheles darlingi, que se prolifera em áreas rurais. Não é comum se deparar com ele nas áreas urbanas.

A malária grave passa de pessoa para pessoa?

Não. O mosquito tem que picar alguém com o protozoário falciparum no sangue e, em seguida picar também a pessoa saudável para infectá-la.

Quais são os sintomas?

Os sintomas principais são febre alta e calafrios. Também pode ocorrer dor no corpo, vômitos e fraqueza.

A malária grave pode matar?

Sim.

Posso me vacinar?

Não há vacina contra malária. Os protozoários causadores são complexos, então é muito difícil fazer imunização. E não é por falta de pesquisa: grupos no mundo todo tentam há décadas achar uma vacina, mas os resultados nunca são muito bons.

Como funciona o tratamento?

Para cada tipo de malária (existem cinco no Brasil) há um tratamento diferente. No caso grave, que acontece no Noroeste do Estado, há dois medicamentos. A estratégia depende das autoridades de saúde, mas a eficácia dos dois é a mesma. O tratamento é curto, dura três dias. O remédio só pode ser conseguido pelo Estado, ou seja, não está disponível em farmácias.

O que fazer para não pegar a doença?

Evitar o contato com o mosquito. O inseto tem hábitos noturnos. É recomendado ficar dentro de casa nesse horário, com telas nas janelas e portas. Para dormir, pode usar mosquiteiro. Também é importante usar roupas longas e aplicar repelente nas partes expostas.

O que fazer se sentir os sintomas?

Todas as pessoas que moram ao Norte do Rio Doce ou estiveram na região recentemente e tiverem febre – sem ser acompanhada de nariz entupido ou escorrendo – devem procurar assistência médica porque pode ser malária.

A Grande Vitória pode ter um surto?

É improvável. Pode haver gente da região onde há o surto que venha para a Grande Vitória, mas as condições de transmissão na região urbana não são boas.

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