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Mosquito com tipo de dengue mais agressivo é encontrado em Vila Velha

Mosquito com tipo de dengue mais agressivo é encontrado em Vila Velha

Há oito anos um mosquito portador deste vírus - o tipo 2 - não era identificado no Estado

Publicado em 1 de agosto de 2018 às 19:42

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Um mosquito infectado com o vírus que transmite a dengue tipo 2 — versão mais agressiva da doença — foi encontrado no bairro do Ibes, em Vila Velha. Este é o tipo mais relacionado a casos graves de dengue, que são aqueles que levam à internação e à morte, afirma o médico infectologista Lauro Ferreira Pinto. Há oito anos um mosquito portador deste vírus não era identificado no Estado. Ele estava em uma armadilha na região comercial da Avenida Carlos Lindenberg.

Segundo o especialista, por questões climáticas, ainda não há risco de epidemia, já que o mosquito se reproduz melhor no verão, quando o tempo está mais úmido e quente. Por ora, afirma o médico, os principais cuidados são combater os insetos e estar atento aos sinais de alerta.

"Não é motivo de pânico, nem estamos vivendo uma epidemia. O que deve ser feito é ficar atento a sintomas como vômitos repetidos, queda de pressão. É importante procurar o médico em suspeita de dengue e fazer hidratação rigorosa. Também é preciso combater o mosquito", pontua o infectologista.

DENGUE TIPO 2

O vírus da dengue possui quatro sorotipos, sendo eles 1, 2, 3 e 4. Desde 2009, quando o tipo 2 foi bloqueado, Vila Velha só registra a circulação dos tipos 1 e 4. Então, todos os moradores que tiveram dengue nos últimos oito anos foram desses tipos.

O perigo do sorotipo 2 voltar a circular no município é que as pessoas que já tiveram dengue de outros tipos podem voltar a ter, já que só a infecção por sorotipo ainda não contraído é que pode fazer isso acontecer.

De janeiro a julho de 2017, foram 1.431 casos de dengue em Vila Velha, sendo que duas pessoas morreram. Em 2018, no mesmo período, foram 605 casos e uma pessoa morreu.

A queda nas notificações foi grande, mas a preocupação cresceu. “Com o surgimento de um novo sorotipo, mais pessoas estão suscetíveis a serem acometidas pela dengue. Isso não é para comemorar. A gente tem que pedir a parceria mesmo da população para eliminar a água parada dentro de casa, seja na calha, atrás da geladeira, um vasinho com água”,  explicou a coordenadora de Vigilância Ambiental de Vila Velha, Marcelaine Raphascki.

O município reforçou o trabalho de combate na região do Ibes, para tentar evitar a transmissão do vírus.

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“Nós estamos intensificando o combate larval com as equipes de visita domiciliar e fazendo um pente fino no entorno onde foi encontrada essa armadilha positiva. Estamos também diminuindo a força de transmissão desse mosquito com a equipe da bomba costal e fazendo a orientação com a equipe de educação e saúde, pedindo para todo mundo eliminar a água parada de dentro de casa”, disse Marcelaine. (Com informações da TV Gazeta)

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