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Número de casos de malária tende a diminuir, diz secretário

Número de casos de malária tende a diminuir, diz secretário

Com 116 ocorrências, área onde acontece surto estaria controlada

Publicado em 11 de agosto de 2018 às 01:42

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Agente aplica inseticida contra mosquito transmissor em uma casa, em Vila Pavão . (Wando Fagunes/imagem TV Gazeta)

O secretário de saúde do Estado, Ricardo de Oliveira, disse que o número de casos de malária grave deve começar a cair nos próximos dias. Já são 116 registros. Ele explicou que os pacientes cujo teste deu positivo para a doença já estão sendo medicados e que a área em que acontece o surto, no Noroeste do Estado, está controlada.

Com a preocupação de que os casos de pessoas infectadas no Noroeste gere um alerta desnecessário na população, o secretário disse também, em coletiva na sexta-feira(10), que o risco da doença chegar nas áreas urbanas e na Grande Vitória é “inexistente”.

Desde a identificação dos primeiros casos, há 10 dias, as ocorrências aumentaram seguidamente e com velocidade na última semana. Ontem, foram diagnosticados quatro novos pacientes com malária, segundo boletim enviado pelas prefeituras, chegando a 116 pessoas infectadas, 95 na zona rural de Vila Pavão e outras 21 em Barra de São Francisco.

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) montou um grupo com 25 servidores para controlar os focos de contaminação em Vila Pavão. A zona de risco onde são registrado mais casos da doença na cidade é composta pelas localidades de Conceição do Quinze, Praça Rica, Córrego do Estevão, além do assentamento Três Corações, que faz divisa com Barra de São Francisco e Ecoporanga.

Oliveira conversou ontem com o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, que colocou o governo federal à disposição para ajudar no combate da malária no Espírito Santo. Na manhã de ontem, o Espírito Santo recebeu 20 kits com 500 testes rápidos de malária, além de 3.390 comprimidos e 1.199 frascos de medicamentos injetáveis. Equipes também estão aplicando inseticida contra o mosquito transmissor dentro e fora de imóveis em Vila Pavão.

O secretário pontuou que o mosquito, do gênero Anopheles, também conhecido como mosquito-prego, vive apenas em ambientes silvestres e que não é encontrado em áreas urbanas. Ele orienta que as pessoas que estiverem ou forem para regiões de risco usem camisas de manga comprida e repelentes.

Para o secretario de Saúde, a hipótese mais provável para a forma grave da doença ter voltado a aparecer no Espírito Santo é o fluxo de pessoas entre Vila Pavão e o Estado de Rondônia, onde os casos de malária são mais comuns. No entanto, o secretário descarta a necessidade de se criar qualquer tipo de “barreira” ou medida preventiva em rodoviárias ou no aeroporto.

“Não vejo razões para isso. É claro que, enquanto tiver lâminas (testes) positivos da doença, ainda haverá algum tipo de risco e vamos estar mais focados a combater. Mas destaco que começamos a atuar logo no início dos casos e estamos conseguindo controlar, evitando que a malária possa se espalhar por todo o Estado. Não há motivo para pânico”, pontua.

GRANDE VITÓRIA

Em Vila Velha, uma criança que saiu de Vila Pavão e estava passeando com a família no bairro Ulisses Guimarães apresentou febre e houve suspeita da doença, que foi descartada após dois testes negativos.

Outras cidades da Grande Vitória, após alerta do governo estadual, estão intensificando a vigilância. Além de Vila Velha, Cariacica, Vitória e Serra informaram que foi feito um reforço na orientação às unidades de saúde e hospitais sobre sinais e sintomas da doença.

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Também foram realizadas capacitações técnicas para a realização do teste de malária. Os municípios estão tomando medidas de controle em locais que podem servir de criadouro para o mosquito.

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