Dedicação, foco e muito estudo. A combinação desses fatores fez com que o estudante Gabriel Gandra, 17 anos, ficasse entre os dez estudantes brasileiros selecionados para participar da Olimpíada Latino Americana de Astronomia (OLAA) que será realizada no Paraguai. Ele cursa o 4º ano de Eletrotécnica Integrado ao ensino médio, no Ifes, em Vitória.
A conquista é fruto de dedicação espontânea já que, segundo ele, estudar astronomia é um hobby. "Astronomia é uma coisa pela qual que eu sempre me interessei. Durante a semana os estudos são mais voltados para o vestibular. Para a olimpíada, eu estudo mais nos finais de semana mesmo", afirma o estudante.
O interesse dele pela astronomia, aliás, chamou atenção da professora Aline Gama já no primeiro ano de Gabriel no Ifes, antes mesmo de ele ser aluno dela. "Ele sempre se destacou e sempre teve uma visão mais aguçada para a astronomia. Nessa fase final, ele está mais me ensinando do que eu a ele", orgulha-se a professora.
É ela, aliás, que ajuda Gabriel não só com o treinamento acadêmico, sobretudo nas questões de física, mas também para conseguir dinheiro para as viagens que ele tem feito. As etapas seletivas para a Olimpíada Latino Americana aconteceram em São Paulo e a competição final será no Paraguai. Para conseguir viajar Gabriel disse que deve vender rifas ou docinhos. Da última vez, quando precisou ir para São Paulo, foi a professora Aline que fez os quitutes para ele vender.
Daqui a um mês os estudantes selecionados, inclusive Gabriel, se encontram para um treinamento de equipe em São Paulo. Depois, em outubro, acontece a Olimpíada Latino Americana de Astronomia, no Paraguai.
MEDALHISTA
Tímido, Gabriel fica sem graça, mas reconhece que é um expert não só nas ciências exatas mas também em ganhar medalhas. Ele já tem nove, conquistadas em olimpíadas de matemática, física e geografia. E, desde o começo, o desempenho dele foi exemplar.
"Desde o primeiro ano, ele fechou a prova da olimpíada estadual de astronomia e isso me abriu os olhos porque é muito raro um aluno do primeiro ano conseguir isso. Aliado a isso o Gabriel começou a me procurar com questionamentos que não são comuns a estudantes de primeiro ano. Ele me perguntava assunto específicos", lembra Aline.
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