Uma operação de resgate interditou as duas faixas da Terceira Ponte por oito horas nesta segunda-feira (10). O bloqueio, que começou às 15h19 e terminou às 23h20, deu um nó no trânsito da Grande Vitória. Bombeiros e policiais negociaram com uma pessoa que tentava se suicidar no local. Segundo a Rodosol, a operação foi finalizada com sucesso.
Essa foi a terceira vez que a principal via de ligação entre Vitória e Vila velha foi bloqueada por um longo período neste ano, e a quarta vez em 15 meses. Em 12 de junho, uma tentativa de suicídio também fechou a ponte por cinco horas. Em 19 de julho, a via ficou bloqueada por duas horas. No ano passado, em julho, outra interdição bloqueou os dois sentidos por três horas. Em todos os casos, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar conseguiram resgatar as pessoas.
O BLOQUEIO
A Terceira Ponte foi bloqueada por volta das 15h19 desta segunda-feira (10) para uma operação a uma operação de resgate. O Corpo de Bombeiros auxiliou na ocorrência. A interdição da principal via de ligação de Vitória e Vila Velha já a maior da história.
TRÂNSITO DEU NÓ
Na primeira hora de interdição, os motoristas tiveram que ter paciência para lidar com o trânsito na Grande Vitória. Pelo menos vinte avenidas entre Vila Velha e Vitória ficaram completamente congestionadas até a noite desta segunda.
MOTORISTAS NERVOSOS
Com os nervos à flor da pele, condutores fizeram um buzinaço na praça do pedágio, em Vitória, como forma de protesto. A Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) informou que houve um reforço da Força Tática no local.
CONFUSÃO E BOMBAS
Motoristas impacientes com a demora em liberar a ponte tentaram furar o bloqueio da praça de pedágio, em Vitória, e foram contidos após a polícia lançar bombas de efeito moral. Após a atuação policial, os motoristas recuaram e voltaram a respeitar o bloqueio.
NOITE ATÍPICA NO TRÂNSITO DA GRANDE VITÓRIA
Normalmente, o grande fluxo de veículos nas vias da Grande Vitória começa por volta das 17 horas e finaliza por volta das 19h. Mas, nesta segunda-feira (10), os motoristas tiveram que ter paciência para lidar com o congestionamento em pelo menos vinte vias de Vitória e Vila Velha. Até a noite desta segunda, por volta das 23h21, ainda era registrado lentidão em algumas avenidas de Vitória.
A RECLAMAÇÃO: A FALTA DE PROTEÇÃO
Muitos motoristas que ficaram presos no trânsito próximo à ponte apoiam que uma rede de proteção seja instalada no local. O médico Antônio Lemos, que estava preso no trânsito desde as 16 horas, questiona a falta do equipamento. "Já desliguei o carro, já dormi. Estou voltando de um plantão. Eu acho o que falta é uma proteção na ponte, eficiente, que já deveria ter colocado", avaliou.
O QUE DIZ A RODOSOL
Questionada sobre a instalação da rede de proteção, a Rodosol informou que já apresentou o projeto para a Arsp. "Aguardamos definição da agência em relação ao projeto".
O QUE DIZ O MINISTÉRIO PÚBLICO
Acionado pela reportagem, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça Cível de Vitória, informa que aguarda documentação da ARSP. "Em relação à necessidade de instalação da proteção, o MPES informa ainda que existe uma Ação Popular, que tramita no Judiciário, para que a Rodosol e o Estado do Espírito Santo adotem as providências necessárias para a mitigação de suicídios na Terceira Ponte. Em manifestação nesse processo, que trata especificamente da instalação de grade de proteção, o MPES foi favorável ao deferimento do pedido".
O QUE DIZ A ARSP
A Agência de Regulação dos Serviços Públicos do Espírito Santo (Arsp), que precisa autorizar a implantação do projeto de uma barreira de proteção na Terceira Ponte, foi demandada pela reportagem, mas ainda não respondeu aos questionamentos.
No fim de julho deste ano, a agência informou que ainda não havia previsão de implantação de uma proteção. A ideia é colocar cabos de aço sustentados por estruturas metálicas inclinadas dos lados da ponte.
Após o projeto ter sido entregue pela Rodosol, concessionária que administra a Terceira Ponte, a Arsp o encaminhou ao Ministério Público Estadual (MPES) para que o órgão verificasse o possível impacto da instalação dos equipamentos de proteção sobre a tarifa do pedágio.
Com colaboração de André Rodrigues, Gabriela Singular e Karen Benício
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