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Bióloga capixaba em Hong Kong vê marido ser arrastado por força de tufão

Bióloga capixaba em Hong Kong vê marido ser arrastado por força de tufão

A bióloga relata que na sexta-feira (14) a população foi ter noção de que o tufão chegaria no fim de semana

Publicado em 18 de setembro de 2018 às 13:54

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Andaime cai de construção em Hong Kong. (Maria Carolina Emerich)

Uma capixaba que mora na Ásia viveu dias de tensão por causa do tufão Mangkhut, que devastou diversas cidades nas Filipinas e na China e deixou 67 mortos nos dois países. A bióloga Maria Carolina Emerich mora há um ano em Hong Kong com a família e sentiu o arranha-céu onde mora tremer devido aos ventos com rajadas de até 195 km/h no último fim de semana. Ela viu o marido ser arrastado pela força da ventania.

Maria conta que todos os moradores recebem alertas via aplicativo e que as primeiras notificações começaram no início da semana passada. “A população não se desespera porque a cidade tem um monitoramento muito bom. A previsão (como aconteceu) era atingir primeiro as Filipinas. Fomos acompanhando”, declarou.

A bióloga relata que, na sexta-feira (14), a população foi ter noção de que o tufão chegaria no fim de semana. “Dessa vez os sinais não vieram muito antes. O vento começou forte no sábado, no fim do dia, e foi se intensificando até de madrugada. Às 11 horas o arranha-céu já estava balançando. Foi uma sensação horrível”, lembrou.

Em vídeos que Maria publicou nas redes sociais é possível ver a força devastadora dos ventos, que quebrou vidros de prédios, derrubou andaimes gigantes de construções e arrancou árvores das ruas. As imagens mostram ainda que a cidade ficou com ruas praticamente inacessíveis por causa da grande quantidade de árvores derrubadas.

A bióloga também conta que passou momentos de tensão com o marido, que foi arrastado pela força do vento. “Meu marido tentou passar pelo subsolo de uma torre para outra do prédio e foi levantado por uma rajada de vento e jogado contra a parede, mas aconteceu pouco do que poderia ter acontecido. Isso mostra que a gente não pode brincar com ventos dessa natureza”, ressaltou. Assista ao vídeo abaixo:

Maria explicou também que, quando ficou sabendo, antes do fim de semana, do tufão Mangkhut, muita gente foi ao supermercado garantir suprimentos. “Fica um caos os supermercados às vezes, mas normalmente a gente consegue”, salientou.

Maria é bióloga e mora em Hong Kong há cerca de um ano. (Maria Carolina Emerich)

A bióloga lembrou ainda que a passagem de tufões entre julho e outubro em todos os anos é normal, no entanto a informação da imprensa local é de que o Mangkhut é o mais forte em pelo menos 50 anos. Ela relatou que, por volta de 17 horas do último domingo, ainda havia ventos muito fortes atingindo os prédio e causando destruição. Às 19 horas o tufão foi se afastando.

“No ano passado o tufão que teve foi bem forte, mas não tem comparação. Apesar dos prédios em Hong Kong serem preparados para esse tipo de situação, a gente teve medo do que poderia acontecer. E olha que a informação era de que o olho do furacão estava a 100 km de Hong Kong”, completou.

TEMPESTADE TROPICAL

O tufão Mangkhut ainda continua causando estrago, tendo sido rebaixado a tempestade tropical. Nas Filipinas foram 65 mortes, segundo a última apuração da Polícia Nacional.

Mais de 50 mil pessoas tiveram que sair de casa para se proteger. Já na China foram duas mortes, 213 pessoas feridas e mais de três milhões de pessoas que tiveram que sair de suas casas.

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