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Cais das Artes: governo lança edital para retomar obras em 2019

Cais das Artes: governo lança edital para retomar obras em 2019

Segundo o Iopes, a aquisição dos equipamentos cênicos e as poltronas para o funcionamento do teatro será feita em outro processo licitatório

Publicado em 17 de setembro de 2018 às 18:43

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Visão aérea das obras (ou ruínas) do Cais das Artes. (Cleferson Comarela | Vixfly Drones)

O Governo do Estado autorizou, nesta segunda-feira (17), a publicação do edital de licitação para contratação da empresa que vai executar a obra de conclusão do empreendimento Cais das Artes. O Instituto de Obras Públicas do Estado do Espírito Santo (Iopes), responsável pela obra, fará a publicação nesta terça-feira (18).

O valor estimado para a contratação é de R$ 71.259.141,96 e o prazo para a realização dos serviços é de 2 anos e 4 meses. Nesta etapa de contratação, estão previstas as obras de edificação do teatro, museu e da praça. A abertura dos envelopes das empresas interessadas em participar do processo licitatório será no dia 18 de outubro.

Segundo o Iopes, a aquisição dos equipamentos cênicos e as poltronas para o funcionamento do teatro será feita em outro processo licitatório, visando a adquirir o que houver de mais moderno na ocasião. A intenção é licitar a compra dos equipamentos, estimada em R$ 27 milhões, quando for retomar a obra, que está previsa para o início de 2019.

O Cais das Artes terá uma área total construída superior a 30 mil metros quadrados, em frente ao canal que contorna a ilha de Vitória. Será um amplo centro cultural para a realização de espetáculos artísticos locais e nacionais, equipado para possibilitar que o Espírito Santo seja inserido na rota de grandes eventos nacionais e internacionais, como shows, espetáculos teatrais, de dança, concertos e exposições de arte.

OBRAS QUE SERÃO EXECUTADAS

Teatro: R$ 43,1 milhões

Finalizar estrutura do teatro

Montar estrutura da cobertura

Instalar sistema elétrico, hidráulico, incêndio e climatização

Acabamentos em geral

Museu: R$ 18,9 milhões

Finalizar estrutura do prédio

Instalar sistema elétrico, hidráulico, incêndio, climatização

Acabamentos em geral

Praça: R$ 9,2 milhões

Finalizar pavimentação

Acabamentos em geral

O EMPREENDIMENTO

O conjunto arquitetônico projetado para o Cais das Artes é constituído por uma Praça, um Teatro e um Museu, equipados para receber eventos artísticos de grande porte.

Teatro

O teatro será equipado para possibilitar usos múltiplos como concertos de música acústica ou amplificada, óperas, danças ou peças teatrais. Comportará 1.300 pessoas e contará com um palco de aproximadamente 600m² e com um vão livre com mais de 25 metros de altura até o teto, o que vai permitir a utilização de diversos cenários em uma mesma apresentação.

Museu

O projeto do museu contempla grandes salões, totalizando 2,3 mil metros quadrados de área expositiva, climatizada, um auditório com capacidade de 225 lugares, 5 salas de exposições, biblioteca, cantina, recepção e um café.

Praça

A praça terá equipamentos como cafés, livrarias e espaços para espetáculos cênicos e exposições ao ar livre. Será um lugar de atração na vida cultural da cidade.

O Cais das Artes vai funcionar na rua Judith Maria Tovar Varejão, nº 100, Enseada do Suá, Vitória, Espírito Santo. 

VEJA HISTÓRICO DA CONSTRUÇÃO

2010

Oficialmente, as obras foram iniciadas em 2010, no fim do segundo mandato do governador do Estado do Espírito Santo, Paulo Hartung (MDB). O investimento total seria de R$ 115 milhões.

2012

A previsão de entrega do empreendimento estava prevista para 2012, mas a construtora que executava os serviços, Santa Bárbara, faliu e, o contrato, foi reincidido.

2013

Neste ano, as obras foram retomadas após uma nova licitação que contratou o Consórcio Andrade Valladares - Topus.

2015

As obras foram realizadas até maio de 2015, quando sofreram nova paralisação. Após isso, no começo de junho, voltaram a prosseguir mas, no mesmo mês, pararam novamente no dia 15. Ainda em 2015, o governo anunciou que teria que contratar uma nova empresa, a terceira, para finalizar a construção. A entrega seria em 2018.

2016

Em agosto foi feita uma nova licitação, mas para contratar uma consultoria de engenharia, que faria uma avaliação da obra e um balanço do que ainda precisaria ser feito. Neste ponto, o Governo do Estado já previa gastar entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões a mais no orçamento.

Observação: desde 2010, o que foi construído nem chegou a ser utilizado e já precisou de reparos devido à ação do tempo e abandono ao empreendimento. 

2018

Já em 2018, em abril, o Instituto de Obras Públicas do Estado do Espírito Santo (Iopes) licitou uma nova empresa para gerenciar a obra. A Planesp Engenharia ganhou a chamada no valor de R$ 3,8 milhões para executar o serviço.

Em julho deste ano, Paulo Hartung e a Secretaria de Estado dos Transportes e Obras Públicas (Setop) anunciaram que as obras seriam retomadas em dezembro de 2018 e deveriam ser entregues até 2020. No mês, já tinham sido gastos, ao todo, R$ 129 milhões com o que era para ser o maior espaço cultural do Espírito Santo, inicialmente, com entrega prevista para 2010. Com a previsão de gastos divulgada naquela época, o valor total chegaria à casa dos R$ 229 milhões.

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