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Comerciantes da Avenida Leitão da Silva temem que prejuízo aumente

Comerciantes da Avenida Leitão da Silva temem que prejuízo aumente

Medo é que movimento diminua ainda mais caso a via alague

Publicado em 14 de setembro de 2018 às 01:02

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Outdoor instalado por associação de comerciantes mostra contagem dos dias de atraso da obra na pista. (Fernando Madeira)

Lojas fechadas, placas de “aluga-se” ou “vende-se” espalhadas pela avenida, demissões constantes. Esse é o cenário do comércio da Avenida Leitão da Silva, que viu o número de clientes cair drasticamente nos últimos anos.

Além da crise econômica, os transtornos causados pela obra, como a falta de local para estacionar em alguns trechos da avenida, as interdições e a poeira, derrubaram as vendas na região. A incerteza sobre quando as obras serão entregues - e como, de fato, a avenida estará quando for inaugurada - deixa os comerciantes em pânico.

“Perdemos 50% dos clientes e tivemos que demitir dois dos sete funcionários que atuavam na loja. Os clientes sumiram porque têm dificuldade em chegar nas lojas”, desabafa o empresário Vanderlei Medeiros da Silva, que teme, caso a obra seja inaugurada com falhas na macrodrenagem. “Aqui na loja, não temos problema com alagamento e seria mais uma dor de cabeça para nós”, completa.

No início de setembro, A GAZETA mostrou em reportagem que, pelo menos, 26 estabelecimentos que beira a avenida estão fechados, segundo a Associação das Empresas da Avenida Leitão da Silva e Imediações (Assemples). Entre eles, um supermercado, que era bastante frequentado, restaurantes e um galpão de uma empresa de prestação de serviço para a indústria naval.

Um outdoor instalado pela associação expõe o angústia de quem precisa da retomada da circulação normal de veículos na avenida. Ele mostra que a obra já está com mais de mil dias de atraso, o dobro do prazo inicial previsto para a entrega.

Dono de uma hamburgueria na via, Wanderson Rangel fala dos prejuízos com a interdição. “Ninguém aguenta mais. Com a crise que está, isso só agrava mais a situação. Tentamos superar a crise, investir mais, contratar funcionários mas, desse jeito, não tem como conseguir”, comenta.

MOBILIDADE

Não são apenas os comerciantes que sofrem com o transtorno, que parece não terminar nunca. Moradores de bairros vizinhos à avenida enfrentam dificuldade de locomoção devido à lama e poças d’água que se formam por causa das obras.

Pedestres e ciclistas precisam desviar e correm o risco de se machucarem na avenida. “Por pouco, a gente não cai na lama, não tropeça em algum local. É perigoso, principalmente para crianças e idosos”, alerta o estudante Kauã da Costa, que passa pela avenida para ir à escola.

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