Reduto de onde partiram muitas lideranças políticas do Estado, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) passou por momento de intensa disputa no final dos anos 1970, no processo de redemocratização do país. Após ficar com as atividades suspensas por uma década, em 1978 o trabalho foi retomado e, já no ano seguinte, foram realizadas eleições para uma nova diretoria com a participação de três chapas. A GAZETA acompanhou toda a movimentação de perto. E você, esteve lá?
Concorriam a chapa Alternativa, liderada pelo estudante de Engenharia Luiz Cláudio Ceolin; a Passo à Frente, cujo candidato a presidência era o estudante de Medicina Fernando Pignaton; e ainda a Liberdade e Luta, composta por um colegiado. Embora tivessem divergências nas propostas para o comando do DCE, demonstravam ao mesmo tempo sintonia em aspectos fundamentais, tais como garantir uma entidade livre e maior participação política dos estudantes em busca da democracia. Naquela época, eles já repudiavam a implantação do ensino pago e defendiam melhores condições de ensino.
No final da apuração, venceu a Alternativa por 2.761 votos, quase 50 a mais que a segunda colocada, Passo à Frente, que era o grupo da situação.
A terceira chapa levou 190 votos. A posse foi marcada para um dia em que os estudantes pretendiam votar, em assembleia, os encaminhamentos da greve geral. Os universitários promoveram a paralisação porque não foram atendidos em reivindicações apresentadas ao Conselho de Ensino e Pesquisa referentes a seus históricos escolares e cursos de verão que eram oferecidos naquele ano.
A GAZETA quer saber: você esteve na assembleia, entrou em greve, participou de alguma chapa naquelas eleições para o DCE? Se era estudante da Ufes, por onde você estava em novembro de 1979?
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta