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Governo e prefeitura não se entendem sobre obra na Leitão da Silva

Governo e prefeitura não se entendem sobre obra na Leitão da Silva

Sem interesse do DER, prefeitura não libera via para fim da obra

Publicado em 14 de setembro de 2018 às 01:51

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Trecho em obras da Leitão da Silva onde está prevista drenagem. (Fernando Madeira)

As obras da Avenida Leitão da Silva, em Vitória, ganharam um novo capítulo que podem atrasá-las ainda mais. A Prefeitura de Vitória exige que o governo execute a obra de macrodrenagem contra alagamentos da Avenida César Hilal até a Rio Branco, enquanto o Estado não tem interesse em fazer o projeto na região.

Caso o projeto seja realizado, a previsão de conclusão das obras é para 2019. Do contrário, a avenida é entregue em dezembro deste ano, mas a Prefeitura teria que realizar o trabalho já previsto no contrato de duplicação da avenida, gerando um gasto duplo de dinheiro público.

O secretário municipal de Obras e Habitação, Sérgio Sá, explica que o projeto de macrodrenagem foi proposto pelo governo do Estado e aprovado pela Prefeitura de Vitória em 2015. No trecho da Avenida César Hilal até a Rio Branco, contempla uma galeria, de 2,5m por 1,5m, que ficaria complementar à galeria existente, e também duas caixas de transição – que servem como passagens de águas pluviais da Rio Branco e da César Hilal que iriam se canalizar na Leitão da Silva.

“A César Hilal tem um histórico de alagamento. Deixar de realizar o projeto de macrodrenagem, é jogar dinheiro público no lixo. A população sairia perdendo porque é uma obra importantíssima para resolver o problema de alagamentos. Eles estão há anos executando a obra. Não faria sentindo ter que mexer novamente no futuro. O que nós queremos é que eles cumpram o contrato”, disse.

No entanto, o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Espírito Santo (DER-ES), Gustavo Perin de Medeiros, disse que tem interesse em executar apenas a parte da ciclovia, pavimentação e sinalização. O argumento é que a macrodrenagem não resolveria os alagamentos da região sem que ela estivesse interligada com dois projetos da prefeitura, que não tem previsão para serem feitos: uma galeria na Rio Branco e caixa de acumulação de água sobre o estacionamento da Secretaria de Estado da Educação.

“Em 2015, o que nos foi passado é que o projeto da prefeitura estava sendo elaborado. Mas, depois, ficamos sabendo que o contrato com a empresa foi rescindido. As obras de macrodrenagem causariam muitos transtornos para não terem utilidade. Eu não tenho interesse em fazer, mas, se a prefeitura insistir, terei que realizar por estar no contrato”.

LIBERAÇÃO

A intenção do governo é que a Prefeitura de Vitória liberasse o trecho da avenida César Hilal até a Rio Branco e, também, da César Hilal até a Beira-Mar, de uma vez, para pavimentação, ciclovia e sinalização. Mas a Prefeitura de Vitória decidiu que só vai liberar o trecho da César Hilal até a Rio Branco para realização da obra de macrodrenagem. Apenas com a conclusão desta é que o outro trecho será liberado.

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Sérgio Sá esclareceu que, em 2015, foi acordado que a prefeitura esperaria a conclusão da obra na Leitão da Silva para executar as duas obras de sua responsabilidade. No entanto, disse que não há previsão de início. “As obras da prefeitura são secundárias e não interferiram na Leitão da Silva para execução”.

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