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Morada da Barra: moradores acreditam que foram vítimas de golpe

Morada da Barra: moradores acreditam que foram vítimas de golpe

Esse é o caso do auxiliar de pedreiro Robson Silva, de 44 anos; ele possui um recibo de compra e venda do imóvel e pagou R$ 7 mil pelo terreno

Publicado em 29 de setembro de 2018 às 01:31

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Famílias que tiveram de deixar o terreno mostram documentos e recibos da área. (Raquel Lopes)

Alguns ex-moradores das casas em Morada da Barra, em Vila Velha, acreditam que podem ter sido vítimas de um golpe. Esse é o caso do auxiliar de pedreiro Robson Silva, de 44 anos. Ele possui um recibo de compra e venda do imóvel e pagou R$ 7 mil pelo terreno.

O nome da pessoa que vendeu o terreno para ele não faz parte da lista dos 24 proprietários que possuem a escritura do terreno. “Eu não desconfiei de nada na hora da compra, acreditei na pessoa e peguei o documento”, relatou.

O defensor público do Núcleo de Defesa Agrária e Moradia, Vinicius Lamego, disse que o órgão atuou para que as famílias fossem abrigadas após a desapropriação. Em relação a compra dos terrenos, não está atuando no caso.

“Essas pessoas muitas vezes compram de boa-fé e acreditam que os donos eram outras pessoas. No entanto, após a reintegração não fomos mais procurados por elas”, disse.

O advogado particular contratado pelas famílias foi procurado, mas não respondeu às mensagens e ligações até a publicação desta matéria.

INVESTIGAÇÃO

Tramita na Justiça apenas o processo cível de reintegração de posse. No entanto, não foram encontrados processos referentes a compra do terreno pelas pessoas que foram desalojadas.

O Ministério Público do Espírito Santo verificou que o caso envolve uma área privada. “As partes da demanda são particulares. Por esse motivo, o tema não se encontra inserido nas atribuições da Promotoria de Meio Ambiente e Urbanismo de Vila Velha e, portanto, o MPES não atua no caso.”

A Polícia Civil disse apenas que é necessário que o caso seja formalizado em uma delegacia para a investigação. “A Polícia Civil pede que as vítimas registrem a ocorrência em qualquer delegacia, munidas de todo material que comprove o crime e que auxilie a polícia no trabalho de investigação”, disse em nota.

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