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Na melodia da fé: aos 92 anos, ele toca bandolim no Convento da Penha

Na melodia da fé: aos 92 anos, ele toca bandolim no Convento da Penha

Aos 92, Theodoro Effgen toca bandolim nas missas do Convento da Penha

Publicado em 8 de setembro de 2018 às 23:47

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Theodoro Effgen, 92 anos, participa ativamente das atividades do Convento da Penha. ( Bernardo Coutinho )

“Eu não falo que tenho 92 anos, eu digo que tenho 29”, brinca o eletricista aposentado Theodoro Effgen ao iniciar a entrevista. Do alto da sua nona década de vida, ele realmente parece ter 29 anos na disposição, sobretudo para auxiliar nas atividades do Convento da Penha, das quais participa intensamente.

Todos os dias, acorda cedo, por volta de 5h, para participar da primeira missa na histórica capela. Além da fé e da paixão por servir a Deus, leva consigo outro hobbie: a música. Há mais de 20 anos, acompanha os solistas na missa tocando bandolim, um instrumento de cordas de origem italiana.

Nascido em Guarapari, ele mora em Vila Velha desde 1938, quando já começou a frequentar o santuário esporadicamente. “Quando eu me aposentei, comecei a vir mais ao Convento e passei a colocar os meus dotes a serviço de Nossa Senhora da Penha. Um grande amigo me convidou para que a gente viesse todos os dias e desde então a gente vem. No começo era a pé mesmo, agora, com a idade, não dá mais, mas nós não ficamos sem vir”, conta.

Casado há 68 anos, pai de um filho, avô quatro vezes e com cinco bisnetos, é no santuário do alto de um penhasco de 154 metros de altura o local onde Theodoro mais se sente bem.

Perguntado sobre quais os motivos para tamanha devoção, ele é simples na resposta. “A graça da vida já é uma grande coisa para a gente agradecer todos os dias. Se estou aqui nessa idade, é porque Nossa Senhora está me trazendo.

A minha devoção a Maria é grande porque a considero como a nossa advogada, por isso acredito que temos que prestar homenagens e louvores a ela”, afirma.

Theodoro conta que aprendeu a tocar o bandolim ainda na infância. Na juventude, estudou sobre o instrumento e fez aulas de música. Hoje, já íntimo das cordas, ele toca, além do Convento, em outras igrejas, como na Catedral e nas paróquias Bom Pastor, São Francisco de Assis, e Nossa Senhora de Guadalupe. “Nós temos um calendário para atender a esses locais”, conta.

E engana-se quem pensa que Theodoro, pela força da idade, quer parar. “Como devoto de Nossa Senhora, eu faço tudo isso em louvor a ela e ao nosso Redentor. E quero continuar fazendo isso durante a minha vida enquanto eu existir e puder fazer”, afirma, ao completar que é uma atividade que o mantém ativo e feliz. “Eu fico muito feliz por fazer esse trabalho. Mas eu não faço só pela minha alegria, mas também para louvor a Deus.”

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Como homem de fé e da música que é, ele indicou outro, o solista José Jerônimo da Natividade, como capixaba que merece destaque, alguém que considera um irmão, que o incentivou na obra de Deus. Assim como Theodoro, Jerônimo, aos 73 anos, também canta e faz a liturgia no Convento.

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