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'Crimes vão ter solução mais rápida', diz secretário de Segurança

"Crimes vão ter solução mais rápida", diz secretário de Segurança

Com criação de delegacia, expectativa é de maior eficiência

Publicado em 19 de outubro de 2018 às 02:21

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(Carlos Alberto Silva)

A criação de uma delegacia especializada para o atendimento das ocorrências de furtos e roubos no comércio deverá garantir uma solução mais rápida para os crimes. Pelo menos essa é a expectativa da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp).

“Buscamos sempre qualificar e fortalecer a estrutura das instituições e enxergamos que a criação de uma delegacia especializada para a repressão de crimes a estabelecimentos comerciais tem esse papel. Estamos criando para que nos tornemos ainda mais eficientes no combate ao crime e para que nosso percentual de resolutividade seja maior”, ressalta o coronel Nylton Rodrigues, secretário da pasta.

Questionado sobre a estrutura da nova unidade, como local onde vai funcionar e número de policiais que será destacado para a função, o coronel disse que essa decisão ainda será tomada.

“Essas informações ainda não tenho. Mas já estamos confeccionando a minuta de um decreto para encaminhar ao governador ainda este mês. E a Polícia Civil vai internamente fazer remanejamentos para que a delegacia seja instalada, na prática, ainda este ano”, assegura Rodrigues.

Para a implantação da delegacia, não há necessidade de passar pela apreciação da Assembleia Legislativa, uma vez que o procedimento se dará por meio de decreto. Contudo, o secretário ressaltou que o governo encaminhou uma outra proposta para o Legislativo, que deverá ajudar no combate ao furto e roubo em comércio. Trata-se de um projeto de lei para cassar a inscrição estadual de estabelecimentos que sejam, comprovadamente, receptadores de produtos roubados e que seus donos os comercializem.

“Esse tipo de comerciante fomenta o crime. Se a investigação detectar que é um receptador, vai ficar com a inscrição cassada por cinco anos.”

POLICIAMENTO

Quanto ao policiamento ostensivo, o coronel Rodrigues observa que, desde agosto, foi feito um reforço nas áreas comerciais com o deslocamento de 10 radiopatrulhas para atuar especificamente nessas regiões. Mas, ainda que a medida tenha sido adotada, os arrombamentos ainda são frequentes.

Para o coronel Antônio Marcos de Souza Reis, comandante do Policiamento Ostensivo Metropolitano, o problema pode ser minimizado com o apoio da população.

“Temos um policiamento no horário noturno, justamente nas áreas comerciais, mas não conseguimos cobrir todas ao mesmo tempo. São 26 mil comércios na Grande Vitória. O que é necessário, e que pode ajudar a PM, é a população entrar em contato pelo 190 ao menor sinal de barulho, um estrondo, que levante suspeita. Essa madrugada (ontem), em Vitória, detivemos um elemento com a tevê na mão porque fomos acionados e nos deslocamos para lá rapidamente”, aponta.

Souza Reis diz que, apesar de os crimes contra o comércio serem registrados com frequência, outubro é o terceiro mês seguido de queda nesse tipo de ocorrência. E, em comparação com o mesmo período do ano passado (até 17 de outubro), a redução é de 43%.

"DELEGACIA VAI MINIMIZAR ARROMBAMENTOS", DIZ FECOMÉRCIO

O presidente da Federação do Comércio do Espírito Santo (Fecomércio-ES), José Lino Sepulcri, comemorou a criação da delegacia, que era uma das propostas da entidade ao governo do Estado, na tentativa de reprimir os casos de furtos e roubos.

“Fizemos três pedidos ao governo. O primeiro, a criação de um grupo de trabalho com o setor produtivo para debatermos iniciativas; segundo, a punição daqueles comerciantes que são receptadores; e terceiro, uma delegacia especializada. Fomos atendidos em todos e tenho a impressão que a tendência será minimizar um pouco esses arrombamentos de todos os dias”, pontua.

Ao comentar sobre o policiamento ostensivo, o presidente do Sindicato dos Lojistas de Vitória e diretor da Fecomércio, Cláudio Sipolatti, diz que a polícia “vem se esforçando muito, mas, infelizmente, não está dando conta de atender todas as regiões.”

Sipolatti relata que a percepção dos comerciantes é de que os criminosos estão indo para pontos em que não são visados.

“É um processo migratório, vai girando. Se eles encontram dificuldade, passam para outro, indo para avenidas onde não aconteceram crimes ainda e muda o tipo de crime também. É um grande desafio”, avalia.

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Sipolatti acredita que uma das formas de evitar os problemas também deve partir dos comerciantes, reforçando a segurança dos estabelecimentos.

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