Eles ensinam, enriquecem o conhecimento, incentivam, apoiam e dão perspectivas para o futuro dos alunos. Para celebrar o Dia do Professor, comemorado nesta segunda-feira (15), contamos a história de dois profissionais que contam como a experiência de que educar é prazerosa e recompensadora. Na rede estadual pública de ensino encontramos dois exemplos que, juntos, têm mais de 60 anos de sala de aula. Nos doamos por amor, conta uma das mestres que dedica a vida ao ensino, Leocádia Maria Borges.
O sentimento de doação é compartilhado pelo professor de geografia Sérgio Rodrigues, de 52 anos, que dá aula na escola de ensino fundamental e médio Aflordízio Carvalho da Silva, no Bairro da Penha, em Vitória. Ele começou sua carreira antes mesmo de se formar, e foi aprendendo aos poucos. Quando eu comecei, eu tinha 19 anos e não sabia muita coisa. Aprendi com os colegas e tirando muitas dúvidas de alunos. Aprendi muito, afirma Sérgio.
Há três décadas dando aulas, o professor acompanhou as mudanças do ensino, dos tempos do início da xerox à era multimídia. Hoje, é referência para os alunos, sempre os incentivando, e vê no aprendizado deles o combustível para apostar tanto no que ama: o ensino. Na rede pública nós colhemos muitas pérolas. Muitos deles não têm condições financeiras, mas possuem uma bagagem, possuem o querer estudar, é algo surpreendente que amo.
Thaliston dos Santos Sena Dutra, de 17 anos, está no 1º ano do ensino médio e considera as aulas do professor Sérgio um grande estímulo. É uma grande ajuda que temos aqui, pois ele não nos deixa desanimar, quando está em sala eu fico concentrado e a aula não fica monótona, comenta.
RECOMPENSA
Alfabetizar diariamente é uma tarefa com recompensas inexplicáveis e é por isso que a professora Leocádia Maria Borges, 69, acredita e investe tanto na profissão: várias vezes nos doamos por amor, conta. O carinho e o desenvolvimento dos alunos são o que move os profissionais.
Leocádia dá aula há 28 anos para o ensino fundamental e alfabetização. A professora diz que, há décadas atrás, trabalhou em lugares onde foi difícil dar aula, mas por falta de recursos. Nessa época, fez o que pôde, além ensino, para garantir a boa educação de seus alunos. Eu dava aula numa sala que parecia um caixotinho e sempre ajudava seja com o custo das cópias, com um lanchinho para algum aluno, uniforme, sandália ou mochila diz, emocionada.
Atualmente, Leocádia é professora da Escola Estadual Antônio Esteves, no bairro Vera Cruz, em Cariacica, e diz que hoje não tem mais dificuldades estruturais em aplicar suas atividades, Hoje estou numa escola muito boa que trabalha em equipe, e os recursos são bons, destaca.
A professora acredita, entretanto, que o estudante de hoje é mais disperso e, entre os motivos, diz estar o fato de que em muitos casos o pais trabalham fora e acabam ficando mais ausentes. Ela procura sempre superar essa dificuldade ajudando com muito diálogo junto aos pais, conciliando a família, escola e professores. Eu acabo aprendendo muito todos os anos porque cada turma é um novo desafio, diz.
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