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Justiça Federal manda Prefeitura de Vitória retirar painéis de PAs

Justiça Federal manda Prefeitura de Vitória retirar painéis de PAs

Juiz acata pedido do Conselho Regional de Medicina, que ajuizou ação civil pública contra equipamentos que mostram nomes de médicos e duração de consultas

Publicado em 22 de outubro de 2018 às 18:34

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PA da Praia do Suá, em Vitória. (Eduardo Fachetti)

A Justiça Federal determinou que a Prefeitura Municipal de Vitória retire os painéis eletrônicos que mostram nome e registros de médicos que atendem em Prontos Atendimento da Capital. A decisão é do juiz Aylton Bonomo Junior, da 3ª Vara Federal Cível de Vitória, datada em 19 de outubro, que determinou a retirada dos equipamentos em prazo de cinco dias úteis a partir do momento em que a prefeitura for notificada.

A decisão atende o pedido do Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES), que ajuizou uma ação civil pública contra os painéis eletrônicos, alegando que a "divulgação em tela", como é chamado na Lei 9.171/2017, não resolve e não apresenta qualquer benefício e nem agiliza as consultas e/ou procedimentos médicos para a população.

Em entrevista ao Gazeta Online, o médico Celso Murad, atual presidente do CRM-ES, comemorou o resultado da decisão e declarou que a liminar foi "justíssima", muito bem fundamentada e que o juiz agiu de maneira correta. Reforça que exibir nome de médico e tempo de consulta pode gerar confusão entre os pacientes, que muitas vezes não compreendem que os atendimentos podem variar de duração conforme a gravidade. "Essa lei era inconstitucional e injusta porque discrimina o médico. Não é que sejamos contra a transparência, o que não pode é que uma categoria só seja responsabilizada perante a sociedade", disse.

O juiz declara que a lei impunha a exibição pública, em painéis, do nome, da qualificação e da especialidade do atendimento em relação aos médicos que trabalham nas unidades, de modo que os atendimentos realizados são direcionados, primordialmente, a situações de urgência. "Nessas situações, é comum que os ânimos daqueles que necessitam de tais serviços se encontrem mais exaltados do que em situações rotineiras e cotidianas", diz parte do documento.

Acionada pela reportagem na tarde desta segunda-feira (22) para comentar sobre a decisão judicial, a Prefeitura de Vitória informou que a Procuradoria Geral do Município (PGM) cumprirá a decisão da Justiça e aguardará o andamento do processo.

A DECISÃO NA ÍNTEGRA

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