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Mais dois hospitais da rede estadual vão ser terceirizados

Mais dois hospitais da rede estadual vão ser terceirizados

Organizações Sociais devem assumir a gestão do Bezerra de Faria e do Sílvio Avidos

Publicado em 18 de outubro de 2018 às 01:16

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Hospital Bezerra de Faria, em Vila Velha: edital para terceirização publicado no último dia 28 de setembro. (Vitor Jubini)

Até a próxima semana, o governo do Estado conclui a primeira fase do processo para que os hospitais Antônio Bezerra de Faria, em Vila Velha, e Sílvio Avidos, em Colatina, passem a ser administrados por Organizações Sociais (OSs), ou seja, eles serão terceirizados. Atualmente, outras quatro unidades (Hospitais Central, Infantil de Vila Velha, Dr. Jayme Santos Neves e o de Urgência e Emergência) estão sob a gestão dessas entidades, e a intenção é que toda a rede tenha esse modelo de administração.

O secretário estadual da Saúde, Ricardo de Oliveira, afirma que essa é a alternativa para tornar a gestão mais eficiente, uma vez que, segundo ele, os processos para compras, contratação e manutenção são mais rápidos do que o imposto pela legislação ao setor público.

PARCERIA

 

A convocação de OSs credenciadas para estabelecer a parceria com o Estado foi publicada em dois editais: nos dias 24 (Silvio Avidos) e 28 de setembro (Bezerra de Faria) e, em até 30 dias, os interessados devem apresentar suas propostas, prazo que termina na semana que vem.

Ricardo de Oliveira diz que, a partir de então, a secretaria avalia os projetos e decide pela OS que demonstrar ter melhores condições para gestão dos hospitais. Depois, é assinado um contrato, no qual são estabelecidas metas que o governo deve acompanhar o cumprimento.

Mas, embora o secretário aponte que a gestão pelas OSs torna o serviço mais eficiente, o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sindsaúde) tem se mobilizado contra a terceirização por entender justamente o contrário.

O diretor de comunicação da entidade, Valdecir Nascimento, afirma que há irregularidades na gestão de hospitais que já são administrados por OSs, com suspeita, inclusive, de número de mortes excessivo. Além do fato de haver uma organização que teve envolvimento em casos de corrupção no Rio de Janeiro.

“Além disso, as pessoas deixam de ser cidadãos para virar números nesses hospitais, já que as OSs têm metas a bater. Os trabalhadores efetivos são retirados e outros são contratados com valores menores. Outra coisa muito séria é que o Estado hoje não tem uma instituição que faça regulação e controle do que é realizado pelas organizações”, ressalta Nascimento.

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Ricardo de Oliveira rebate todas as acusações, garantindo que não houve aumento nos indicadores de mortalidade, que há fiscalização do trabalho das OSS e que os usuários têm se mostrado satisfeitos com o novo modelo de gestão. Quanto à organização acusada de corrupção, o secretário justifica que, quando foi admitida no Espírito Santo, os antigos gestores já haviam sido desligados.

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