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Mulher queimada pelo ex está com infecção generalizada, diz irmã

Mulher queimada pelo ex está com infecção generalizada, diz irmã

Marciane Pereira dos Santos, de 36 anos, foi queimada pelo ex-marido, o cadeirante André Luiz dos Santos, 36, no bairro Jardim Tropical, na Serra

Publicado em 2 de outubro de 2018 às 18:44

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Marciana, diarista queimada pelo ex na Serra. (Arquivo Pessoal)

A diarista Marciane Pereira dos Santos, de 36 anos, que foi queimada pelo ex-marido no bairro Jardim Tropical, na Serra, teve pneumonia e permanece sedada, com infecção generalizada na Unidade de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Jayme dos Santos Neves, também no município. Na segunda-feira (24), a mulher passou por uma cirurgia para amputar a perna esquerda, de acordo com informações da irmã da vítima, a dona de casa Rosiana dos Santos.

O crime aconteceu no dia 22 de agosto, quando o ex-marido, o cadeirante André Luiz dos Santos, 36 anos, jogou solvente contra a diarista e ateou fogo. Ela teve 40% do corpo com queimaduras de terceiro grau. A família de Marciane tem recebido doações de vários tipos, em dinheiro, roupas e alimentos.

MPES DENUNCIOU AGRESSOR

O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) denunciou à Justiça na última quarta-feira (26), o cadeirante André Luiz dos Santos, que é acusado de ter ateado fogo na ex-mulher, a diarista Marciane Pereira dos Santos, de 36 anos. Para o órgão, a motivação do crime foi torpe, devido o ex-marido ter cometido o crime por ciúmes da ex-companheira. O MPES também solicitou a conversão da prisão temporária em preventiva.

Na última segunda-feira (24), André foi indiciado pela polícia e deve responder pelos crimes de tentativa de homicídio qualificado por meio cruel, feminicídio e por impossibilitar a defesa da vítima, além de responder também por furto, já que furtou uma botija de gás da vítima, antes de tentar matá-la. Ele está preso no Centro de Triagem de Viana.

O CASO

A diarista foi internada após o ex-marido, um cadeirante, atear fogo no corpo dela em frente aos filhos. Segundo informações de testemunhas, a vítima havia saído da residência para ir à casa de uma vizinha para fazer sopa para os dois filhos. O ex-marido havia retirado o botijão de gãs da casa da diarista sobre o pretexto de que havia sido pago por ele.

Desde a separação, o cadeirante passou a morar em cima da casa da ex-esposa, onde reside os pais do suspeito. A diarista morava no local com a filha de 5 anos de um relacionamento anterior e com o filho do casal, de apenas dois anos. Também estavam na casa duas sobrinhas da diarista, ambas adolescentes de 17 anos, que passavam o final de semana com a tia.

Ao retornar para casa, enquanto a sopa cozinhava na casa da vizinha, a diarista foi surpreendida pela presença do ex-marido. No local, ele havia trancado o portão de acesso à casa, impedindo que a vítima entrasse, jogou álcool e ateou fogo.

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Em meio ao desespero, uma das sobrinhas da vítima conseguiu jogar água sobre o corpo da tia e apagar parte das chamas. As sobrinhas receberam ajuda de vizinhos que acionaram uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

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