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Tartarugas em extinção morrem em redes de pesca ilegal em Vitória

Tartarugas em extinção morrem em redes de pesca ilegal em Vitória

Os responsáveis não foram identificados. As multas para esse crime ambiental podem variar de R$ 700 a R$ 100 mil

Publicado em 30 de outubro de 2018 às 01:11

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Tartarugas e animais marinhos mortos por lixo e redes de pesca ilegais. (Projeto Pegada)

Duas tartarugas de espécies em extinção e quatro arraias foram encontradas mortas presas em uma rede de pesca ilegal na Baía das Tartarugas, em Vitória, na manhã desta segunda-feira (29), perto do Iate Clube.

Os responsáveis não foram identificados. As multas para esse crime ambiental podem variar de R$ 700 a R$ 100 mil.

A Patrulha Náutica Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente (Semmam) da prefeitura ainda resgatou da rede outra arraia e três caranguejos, mas com vida. Eles foram devolvidos ao mar.

A prefeitura disse que as tartarugas morreram de asfixia, porque foram impedidas de subir à superfície. Elas foram levadas para o Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram).

"As redes não são seletivas, elas não pegam só o que os pescadores querem, e acabam matando várias espécies", explicou Paulo Rodrigues, oceanógrafo e coordenador de monitoramento costeiro da Semmam.

Por lei é proibido o uso de qualquer tipo de rede na baía do Espírito Santo e nos canais de Vitória e Camburi.

As duas tartarugas encontradas são de espécies em extinção, tratadas como vulneráveis. "A caretta caretta vem para o litoral apenas para desovar, e foi uma surpresa vê-la na rede. A outra apreendida, uma tartaruga verde, é mais comum de se achar por aqui", contou Paulo.

O oceanógrafo explicou que a tartaruga caretta caretta tinha cerca de 20 anos de idade e a verde por volta de quatro. A expectativa de vida desses animais é de até 80 anos.

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"Essa rede de espera foi esquecida lá, pelo que pareceu. É um perigo não só para os animais, mas para todo mundo. Um mergulhador que passasse por lá poderia se afogar também", alertou Paulo.

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