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Terceira Ponte: a eficácia da faixa reversível em outros Estados e países

Terceira Ponte: a eficácia da faixa reversível em outros Estados e países

Em São Paulo, por exemplo, a faixa flexível consegue reduzir até 18 quilômetros de congestionamento

Publicado em 20 de outubro de 2018 às 00:09

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Terceira Ponte vai ganhar quinta faixa, que será reversível. (Fernando Madeira )

A faixa reversível que deve ser implantada na Terceira Ponte, anunciada na última terça-feira (16) pela Agência Reguladora de Serviços Públicos (Arsp), já é utilizada há décadas em outros locais do Brasil e do mundo. O objetivo é sempre priorizar um dos sentidos onde o fluxo esteja mais pesado, acrescentando uma pista de rolamento a mais.

Em São Paulo, por exemplo, o método é utilizado em diversas avenidas desde a década de 1980. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) da capital paulista, uma ou mais faixas de rolamento têm seu sentido de circulação (mão de direção) invertido apenas em determinados períodos, normalmente nos horários de pico da manhã e da tarde.

Ao todo, há quase 40 quilômetros de faixas reversíveis na cidade de São Paulo, sendo que algumas são exclusivas para coletivos. Um estudo da CET apontou que a faixa reversível da Avenida Radial Leste diminui a lentidão na via em 18 km no pico da manhã, enquanto que no pico da tarde a redução é de 7,5 km, contribuindo para a fluidez do tráfego em outros corredores estratégicos da cidade.

Faixa reversível em São Paulo. (Divulgação)

A faixa reversível também foi utilizada em um túnel na cidade de Feira de Santana, na Bahia. No local, há três pistas, duas de sentido fixo e uma terceira, ao centro, que se alternam dependendo do fluxo de veículos.

Assim como a proposta anunciada para a Terceira Ponte pela Arsp, um túnel na cidade baiana, inaugurado em março deste ano, utiliza semáforos de seta e cruz, que indicam aos motoristas quais são as faixas liberadas naquele momento.

Faixa reversível na Bahia. (Divulgação)

O diretor-geral da Arsp, Júlio Castiglioni, explicou que esse sistema funcionará em Vitória com sinalização a  cada 300 metros da pista. “No horário de pico da manhã, os motoristas que saem para Vitória vão ver três setas verdes indicando as três faixas que os motoristas podem seguir e dois ‘x’ vermelhos, que vão indicar as faixas em que estarão passando os veículos no sentido contrário.”

PREFEITURA

A Prefeitura de Vila Velha informou, por meio de nota, que está aberta para dialogar com os órgãos estaduais e com a comunidade a fim de buscar uma saída comum que dinamize o fluxo de veículos nas vias de acessos à Terceira Ponte.

SEM ACIDENTES

Segundo o superintendente municipal de trânsito de Feira de Santana, Maurício Carvalho, desde a implantação na cidade baiana, não foi registrado nenhum acidente no local. “O sistema é automatizado, ou seja, muda a faixa de sentido de acordo com os horários mais favoráveis para o fluxo de carros. No entanto, nesse primeiro momento, estamos utilizando os nossos agentes de trânsito para fazer a transição. O olhar do agente contribui para aumentar ainda mais a segurança”, diz.

A faixa teve que ser implantada no local porque, como a caixa da rua era muito estreita, não seria possível construir um túnel com quatro faixas. “Para não precisar destruir o comércio do entorno, fizemos o estudo e constatamos que a faixa reversível era melhor. A receptividade tem sido muito boa”, avalia o superintendente.

NO MUNDO

Esse mesmo sistema é utilizado em diversos locais do mundo como na Austrália, Canadá e Estados Unidos. Um exemplo famoso no estado americano da Califórnia é a ponte Golden Gate. Nela, duas das seis faixas alternam de sentido de acordo com o fluxo de veículos.

Golden Gate. (Pixabay)

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