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Terceira Ponte: criação de faixa reversível deve custar R$ 24,5 milhões

Terceira Ponte: criação de faixa reversível deve custar R$ 24,5 milhões

Segundo o diretor-geral da (Arsp), Júlio Castiglioni, o valor ainda não é o final, já que o projeto será auditado pelo DER-ES

Publicado em 16 de outubro de 2018 às 13:20

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Congestionamento na Terceira Ponte . (Fernando Madeira)

A retirada do canteiro central da Terceira Ponte para a criação de uma nova faixa reversível vai custar aos cofres públicos R$ 24,5 milhões. A estimativa foi feita pela concessionária Rodosol, que criou o projeto enviado para avaliação do governo do Estado.

Segundo o diretor-geral da Agência Reguladora de Serviços Públicos (Arsp), Júlio Castiglioni, em entrevista ao Bom Dia Espírito Santo nesta terça-feira (16), o valor ainda não é o final, já que o projeto será auditado pelo Departamento de Estradas de Rodagens do Espírito Santo (DER-ES).

QUEM VAI PAGAR

O valor será custeado pelo Estado, porque não existe previsão no contrato. Caso a Rodosol tivesse que pagar a obra, o valor causaria reflexos no valor do pedágio, algo que "não é cogitado", segundo Castiglioni.

EXPLICAÇÃO

O diretor explicou que o valor para retirada é realmente alto, visto que a estrutura faz parte da engenharia da ponte e não está apenas anexada. “Aquele muro não é uma estrutura solta, está acoplado à estrutura de engenharia. Não é só remanejar. Tem que cortar com fio diamantado, como uma pedra de granito ou mármore. O buraco que fica tem que fazer um acabamento, que tem que ser complexo para manter a qualidade construtiva da ponte”, declarou.

VELOCIDADE

A previsão é que no horário de pico pela manhã, usuários com destino a Vitória contem com três faixas para trafegar. Já à tarde, as três faixas deverão funcionar no sentido oposto. Atualmente, a velocidade máxima na ponte é de 80 km/h. Com o novo projeto, ela poderá mudar de acordo com o dia ou horário.

PRAZO

A licitação do projeto deve sair até o final do ano. A Rodosol estipulou oito meses para realização do serviço de inteligência, retirada do canteiro e nova pintura. No entanto, o prazo pode ser mudado pelo DER-ES após análise.

SEMÁFOROS VÃO INDICAR A PASSAGEM

Além do corte da estrutura e do acabamento, será necessário a instalação de semáforos ao longo da via, que vão indicar aos motoristas para qual sentido a faixa reversível deverá ser utilizada.

“Essa sinalização será colocada a cada 300 metros da pista. No horário de pico da manhã, os motoristas que saem para Vitória vão ver três setas verdes indicando as três faixas que os motoristas podem seguir e dois ‘x’ vermelhos, que vão indicar as faixas em que estarão passando os veículos no sentido contrário”, explicou.

CONES AO LONGO DA PISTA

Além da sinalização que será feita por meio dos semáforos, haverá cones fazendo a divisão das faixas. No início da operação, eles ficarão mais próximos, segundo o diretor-geral. Com o tempo, no entanto, eles estarão mais espaçados.

“Será semelhante ao que acontece com a Rua de Lazer, em Vitória, e com a Avenida Dante Michelini. Quando, culturalmente, os motoristas entenderem, vamos deixar mais espaçados, mas não vamos atuar sem os cones”, declarou.

SISTEMA DE MONITORAMENTO

Segundo a Arsp, haverá um sistema com software que vai auxiliar no funcionamento da via ao longo do dia. Ele vai definir, por exemplo, qual a velocidade média segura para trânsito na via, visto que não haverá o canteiro central.

“É um sistema inteligente, que aprende com o comportamento da via. Se tiver um carro na contramão, um alarme sonoro é tocado na central, e com isso é possível interceptar o veículo”, garantiu Castiglioni.

A faixa central também poderá ser utilizada para o deslocamento de ambulância ou guinchos, quando necessário. Esses veículos terão prioridade na via.

ESTREITAMENTO DAS FAIXAS E "OLHO DE GATO"

Mesmo com a retirada do canteiro central, ainda será necessário estreitar as quatro pistas que já existem, para a criação de uma quinta. Hoje cada faixa tem 3,5 metros. Com a faixa nova, serão 3 metros e 10 centímetros, uma redução pouco maior que uma “régua escolar”, como pontua Castiglioni.

“Temos experiências mundo afora e não tem nada de novo no que estamos fazendo. Vamos colocar tachões (olho de gato) para evitar que o motorista mude de faixa. Isso vai fazer com que as pessoas evitem a mudança de faixa, se entra na faixa 1, vai até o final na mesma faixa”, declarou.

O diretor geral também declarou que, como nem sempre a via tem um grande fluxo de veículos, o sistema vai permitir a velocidade adequada na via durante esses momentos para evitar acidentes. O controle também será feito por meio da central de videomonitoramento da Rodosol.

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