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Terceira Ponte terá nova faixa e será flexível

Terceira Ponte terá nova faixa e será flexível

A nova faixa flexível terá pórticos com semáforos para orientar os motoristas, de acordo com o sentido da via que estiver habilitada, seja Vitória ou Vila Velha

Publicado em 15 de outubro de 2018 às 19:52

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(Josué Oliveira | Internauta)

A Terceira Ponte irá passar por mudanças para melhorar o tráfego de veículos. A Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo (Arsp) anunciou que haverá a retirada da mureta central e a criação de cinco faixas. O plano anunciado em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (15) contará com três fases.

A primeira é que, a partir de terça-feira (16), a cobrança de pedágio apenas no sentido Vila Velha x Vitória passa a ser permanente. Desde julho deste ano, os veículos que trafegam de Vitória com destino a Vila Velha estão isentos do pagamento. Não haverá alteração no valor da cobrança no sentido contrário, que atualmente é de R$ 2.

Segundo o diretor geral da Arsp, Julio Castiglioni, as medidas são necessárias já que a capacidade de tráfego na via está esgotada. “Constatamos que houve uma redução de 10% a 12% no tempo de viagem sobre a terceira ponte para cerca de 30 mil veículos que trafegam fora do horário de pico. Já para as pessoas que trafegam no horário de pico, as percepções são diferentes e variam de usuário para usuário”, disse.

SEGUNDA FASE

A segunda fase é a retirada da mureta central da ponte, dando lugar a uma quinta pista na via, que atualmente conta com quatro - duas em cada sentido. Sem a estrutura física de divisão entre os sentidos Vitória e Vila Velha, essa nova faixa do meio será neutra e irá variar de sentido de acordo com a sobrecarga no fluxo de veículos.

HORÁRIOS

A previsão é que no horário de pico pela manhã, usuários com destino a Vitória contem com três faixas para trafegar. Já à tarde, as três faixas deverão funcionar no sentido oposto. Atualmente, a velocidade máxima na ponte é de 80 km/h. Com o novo projeto, ela poderá mudar de acordo com o dia ou horário.

As cinco pistas terão semáforos a cada 300 metros para orientar os motoristas, de acordo com o sentido da via que estiver habilitado. Quando o sinal estiver verde significa que aquela pista está liberada para tráfego naquele sentido. Haverá uso de cones nas primeiras semanas.

A faixa central terá 3,60m de largura e será sinalizada com tachões amarelas para evitar ultrapassagens. As demais terão 3,10 m cada. As ambulâncias, carros da concessionária e viaturas terão preferência na pista central.

O diretor geral da Arsp acrescenta que, por dia, trafegam aproximadamente 45 mil veículos sobre a ponte. De Vila Velha para Vitória, projeta-se um aumento de aproximadamente mil veículos por hora no horário de pico, chegando a um total 5,5 mil por hora nesse sentido. Já de Vitória a Vila Velha, o aumento deve ser de 600 veículos por hora, chegando a 4,1 mil veículos nesse sentido a cada 60 minutos.

“Acredito que haverá redução de 12% no tempo total de viagem. Tudo será controlado através de um software. Segurança é a nossa preocupação primordial. A gente está usando uma tecnologia de ponta. Toda a alteração e a reversão das faixas é controlada pelo programa de computador. Haverá videomonitoramento 24 horas”, explica.

O projeto de engenharia foi formulado pela concessionária Rodosol. Ele foi repassado para o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Espírito Santo (DER-ES) para análise dos engenheiros. O diretor informou que a inspiração do projeto veio da Lions Gate, no Canadá. A retirada da mureta foi sugestão de usuários da ponte.

A licitação para contratação da empresa que realizará a obra está prevista para sair no final do ano. A Rodosol estipulou oito meses para realização do serviço de inteligência, retirada da mureta e nova pintura. No entanto, o prazo pode ser mudado pelo DER-ES após análise.

A segunda fase terá um custo total de R$ 24,5 milhões. “Esse valor vai ser desembolsado pelos cofres do governo do Espírito Santo. Então, não vai impactar na tarifa”, disse Castiglioni.

TERCEIRA FASE

Uma terceira fase do projeto demandaria intervenções estruturais no trânsito no município de Vila Velha, que limita o escoamento de carros que saem da Terceira Ponte.

A diretora de Infraestrutura Viária da Arsp, Kátia Muniz Côco, explica que ao sair da Terceira Ponte há opções de ir pela rua Inácio Higino, pela alça ou pela Luciano das Neves. Em todas essas vias poderia ter alterações. No entanto, seriam projetos de mobilidade do próprio município.

“As alterações poderiam ser tanto no tempo semafórico, como em obras de engenharia. Mas é importante falar que essa é a terceira etapa do projeto e a não realização dela agora não inviabiliza esse benefício que a gente já colocou. Todos esses resultados esperados levam em conta a configuração atual”, conclui Kátia.

PREFEITURA

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A Prefeitura de Vila Velha informou, por meio de nota, que está aberta para dialogar com os órgãos estaduais e com a comunidade a fim de buscar uma saída comum que dinamize o fluxo de veículos nas vias de acessos à Terceira Ponte.

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