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'Mãe de Dondoni teve piora na saúde após acidente', diz testemunha

'Mãe de Dondoni teve piora na saúde após acidente', diz testemunha

Rosana Piumbini foi arrolada pela defesa do empresário; ela é mãe de uma antiga namorada de Dondoni

Publicado em 5 de novembro de 2018 às 20:26

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Wagner José Dondoni de Oliveira quando chegava à delegacia em 2008. (Gabriel Lordêllo/Arquivo A Gazeta)

A mãe de uma ex-namorada de Wagner José Dondoni de Oliveira também foi ouvida pela Justiça na tarde desta segunda-feira (5), no Fórum de Viana. O julgamento de Dondoni acontece dez anos após o acidente que tirou a vida de três pessoas e deixou um ferido, em 2008, no município de Viana. Em depoimento, Rosana Piumbini afirmou que a mãe de Dondoni teve uma piora no estado de saúde após o acidente envolvendo o filho.

À Justiça, a mulher ainda disse que a filha, que namorou por três meses com o acusado, não fazia nenhuma reclamação a respeito de Wagner. Rosana contou que conhecia Dondoni havia pelo menos 30 anos e afirmou que ele morava com o irmão e com a mãe.

ACIDENTE

No dia 20 de abril, a família de Ronaldo Andrade seguia para Guaçuí, no Sul do Estado, para uma visita aos familiares. No carro estavam a esposa, Maria Sueli Costa Miranda, de 29 anos, e os filhos Rafael Scalfoni Andrade, 14, e Ronald Costa Andrade, 4 anos. Na altura do km 304, próximo ao posto Flecha, em Viana, o carro em que viajavam, um Fiat Uno, guiado por Ronaldo, foi atingido pela S10 de Dondoni. Rafael morreu no local. Ronald, horas após ser socorrido. E a mãe, três dias depois. Ronaldo ficou muito machucado.

Dez horas após o acidente Dondoni foi submetido ao teste etílico, que apontou 6,7 decigramas de álcool por litro de sangue. O limite, na época, era de 2 decigramas de álcool por litro de sangue. O comerciante, que chegou a ser preso após o acidente, foi solto mediante o pagamento de fiança de R$ 2, mil obtido por intermédio de uma vaquinha realizada pelos amigos.

Dez quilômetros antes Dondoni já havia provocado outro acidente, ao jogar a S10 contra o carro de uma família de turista na altura de Seringal, que teve que desviar e acabou capotando. Ele fugiu do local sem prestar socorro. Um pouco antes ele entrou descontrolado em um posto de gasolina, em Guarapari, e quase colidiu com uma ambulância. Chegou a ser alertado pelos socorristas a não seguir viagem. No dia do acidente a Polícia Rodoviária Federal (PRF) já tinha sido acionada sobre um motorista que estava ziquezagueando pela pista, mas não chegou a tempo de impedir a tragédia.

A pronúncia do comerciante - a decisão judicial que o levou à Júri Popular - ocorreu um ano após o acidente, em 2009, mas os recursos acabaram postergando o julgamento. Só este ano, após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) informar que os recursos apresentados pelo réu não foram aceitos é que o processo foi retomado. Enfrentou ainda dificuldades para que um juiz assumisse o caso, já que todos os que atuam em Viana se deram como impedidos ou suspeitos. Foi necessário que o Tribunal de Justiça do Estado indicasse um magistrado, Romilton Alves Vieira Júnior, que marcou para o próximo dia 5 a audiência.

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