Cerca de seis mil pessoas vivem em áreas de risco na Capital, segundo a Defesa Civil de Vitória. Elas estão distribuídas em 25 áreas mapeadas e monitoradas de perto, principalmente por conta das fortes chuvas que atingem o Estado. Não quer dizer que essas seis mil estão em situação de risco iminente. Eu estimo que, na Capital, 150 casos requerem uma atenção maior por parte da Defesa Civil, explica o coordenador do órgão, Jonathan Jantorno. Um deles é o da aposentada Nilce Alcântara da Silva, 75, moradora da Ilha do Príncipe.
Ela relata ter passado a noite olhando pela janela com medo que o talude que fica no quintal de casa viesse abaixo. Choveu muito e o peso da terra, junto com o das casas de cima que estão em estado de risco, foram tudo para baixo. Toda hora cai um pouco de terra, contou a idosa.
Na sexta-feira a prefeitura estendeu lonas sobre o local para evitar que a chuva encharque mais o solo e agrave o deslizamento de terra. A ação também foi realizada em Forte São João e Ilha das Caieiras, e deve continuar até no domingo. Identificamos as áreas de risco 4, que é muito alto, e estamos percorrendo e colocando lonas para impermeabilizar o solo, afirmou o coordenador da Defesa Civil municipal.
FORA DE CASA
Até a noite de ontem, 27 pessoas estavam desalojadas e outras 11 estavam desabrigadas em Vitória. Em Santa Tereza, duas pedras rolaram e atingiram quatro casas na Rua Dalmácio Sodré. Duas famílias, totalizando 11 pessoas, ficaram desabrigadas. Outros dois moradores foram para casas de parentes.
Já no Romão, um deslizamento de terra na escadaria Carmoniza Jesus de Araújo deixou 15 desalojados.
CHUVA
Segundo a prefeitura, choveu 239 milímetros em quatro dias, em Vitória. Muito mais que o esperado para o mês, que era 180 milímetros.
A força da água cavou grandes crateras no asfalto, como no caso da ladeira Santa Clara, no Centro. A prefeitura fez ações paliativas no local para que os moradores conseguissem descer com os veículos.
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