Senador eleito pelo Espírito Santo, o delegado Fabiano Contarato prestou depoimento como testemunha de acusação no julgamento do comerciante Wagner José Dondoni de Oliveira, no Fórum de Viana, na manhã desta segunda-feira (05).
Contarato, que presidiu o inquérito da Polícia Civil sobre o caso, falou sobre a prisão de Dondoni, que foi detido em flagrante e, ao término do inquérito, decidiu por indiciá-lo por homicídio consumado e tentado por dolo eventual - a pessoa assume o risco de praticar o crime, mesmo sem querer efetivamente o resultado.
Segundo a testemunha, Dondoni estava na boate Lua Azul (Guarapari), onde ingeriu bebida, se recusou ao bafômetro, mas fez o teste no Departamento Médico Legal (DML) e estava acima do limite. "Fez exame muitas horas após o acidente e estava bêbado".
Depois o Ministério Público pediu a prisão preventiva.
DOCUMENTO FALSO
Contarato relatou que Dondoni disse que bebeu, que estava cansado e que cochilou ao volante. "Ele usou uma carteira de identidade falsa. Rasgou dentro do presídio. Quando estava detido a recuperamos no lixo e mandai examiná-la. Se envolver em um acidente, todos estamos sujeitos a este tipo de fatalidade. Mas o acusado bebeu, tinha um carro de poder ofensivo maior. Isto não é mera fatalidade".
O delegado contou que Dondoni afirmou na época que estava comemorando o aniversário da mãe dele, mas Contarato comprovou que era mentira. "Ela faz aniversário em outra data".
Os fatores do indiciamento, indicados por Contarato, foram: bebida, potencial ofensivo do veículo, estava na boate, ziguezagueando na pista, fugiu de dois acidentes e causou um terceiro acidente com vítimas. "Ele já tinha sido condenado por furto, não colaborava com a investigação, mentiu para a policia".
JUIZ
No depoimento, o juiz afirmou que Dondoni não está sendo julgado por documentos falsos nem pelos demais acidentes. Completou dizendo que só pode ser julgado o que está na pronúncia - a decisão judicial que o levou à Júri Popular.
Com informações de Vilmara Fernandes
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